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Paulinho Wiazowski retornará à Prefeitura de Mongaguá após 12 anos

Empresário teve o registro de candidatura indeferido em primeira instância, mas reverteu a decisão ontem no TRE-SP. Ele venceu a disputa do Executivo com 42,5% dos votos válidos

Sandro Thadeu

08/11/2024 - sexta às 01h15

Sinal verde
Após um mês de muita expectativa e especulações nos bastidores, a novela chegou ao fim: o empresário e ex-prefeito de Mongaguá Paulinho Wiazowski (PP) poderá assumir o comando do Município a partir do dia 1º de janeiro do próximo ano. Após ter o registro de candidatura ao Executivo negado em primeira instância, o político conseguiu reverter a situação ontem, quando o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) acolheu o recurso dele por 5 votos a 1. 

Direito sagrado
O juiz Paulo Alexandre Rodrigues Coutinho, da 189ª Zona Eleitoral de Itanhaém, indeferiu o registro de Paulinho, sob a justificativa de que a Câmara desaprovou as contas de 2012 (último ano da gestão dele como gestor municipal). Por esse motivo, estaria inelegível. Contudo, conforme a legislação eleitoral, concorrentes a cargos públicos nessa situação podem seguir com a campanha normalmente para evitar prejuízos irreparáveis à própria candidatura e à sociedade. O integrante do PP ficou em primeiro lugar na disputa pelo Executivo, com 42,47% dos votos válidos (exceto brancos e nulos) - 14.459 sufrágios. 

Sem comprovação de má-fé
O desembargador Rogério Cury foi claro ao se manifestar sobre o recurso apresentado pela defesa do prefeito eleito. “Entendo que a mera negligência ou erro administrativo de gestão, sem comprovação de má-fé ou intenção deliberada de causar dano ao erário não seria suficiente para caracterizar o ato doloso de improbidade administrativa para os efeitos de inelegibilidade”, ressaltou.

Cultura do tapetão
Em diversas vezes, Paulinho afirmou que confiava na Justiça, na verdade e na transparência. "Infelizmente, desde 2012, criou-se na cidade uma cultura do tapetão. No processo eleitoral, algumas pessoas, ao invés de apresentarem propostas para a Cidade, tentaram desestabilizar a nossa candidatura, criando dúvidas nos eleitores. A decisão do TRE-SP reafirma o desejo do cidadão de Mongaguá. Ganha o povo, ganha a democracia”, ressaltou.

No aguardo
O atual chefe do Executivo de Mongaguá, Márcio Cabeça (Republicanos), disse à coluna que respeita a democracia e a decisão da Justiça Eleitoral. “Estamos aguardando o pedido de transição do prefeito eleito Paulo Wiazowski Filho, o Paulinho, para que possamos deixar uma equipe preparada para as ações transitórias”, explicou.

Desrespeito
Na manhã de ontem, o ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudinho Silva, esteve no Cemitério da Areia Branca, em Santos, para acompanhar o funeral do garoto Ryan da Silva Andrade Santos, de 4 anos, que morreu após ser atingido por uma bala perdida na noite da última terça-feira, no Morro do São Bento. Segundo informações da Polícia Militar (PM), o tiro partiu da arma de um agente da segurança pública.  

Política equivocada
Silva ficou indignado com a postura da PM, que colocou ontem viaturas para atrapalhar o cortejo e manteve policiais dentro do cemitério. "É estarrecedor, desesperador. Não encontro palavras para descrever o que está acontecendo na Baixada Santista e com a política de segurança pública do estado de São Paulo. Não há condições de permitir que a principal política de segurança pública que o Estado oferece às pessoas seja uma política de morte. Isso é inadmissível em qualquer lugar do mundo", ressaltou o ouvidor.

Clima quente
Ao sair do cemitério, Silva, a vereadora Débora Camilo (PSOL), representantes de entidades de Direitos Humanos e as deputadas estaduais Paula Nunes e Ediane Maria (ambas do PSOL) se depararam com uma abordagem truculenta da PM a um motoqueiro. Houve bate-boca entre o grupo e os agentes.

Exceção
A sessão da Câmara de Santos de ontem foi rápida, pois os vereadores tinham como única finalidade votar, em primeira discussão, o Plano Plurianual e o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). Débora Camilo (PSOL) solicitou que a Câmara fizesse um minuto de silêncio pela morte de Ryan. Embora esse rito não esteja previsto pelo Regimento Interno em sessões desse gênero, os pares foram sensíveis ao pedido e o presidente do Legislativo, Cacá Teixeira (PSDB), autorizou esse gesto de respeito nesse momento de luto.

Cobrança
O tucano lamentou a morte do garoto e fez um pequeno desabafo antes de iniciar o minuto de silêncio. "Não podemos admitir esse tipo de intervenção que está sendo feito na cidade de Santos. Aqui não é como outras cidades que têm violência. Colocar Santos no cenário nacional em razão de uma morte, da forma como foi, é inexplicável. Com a palavra, o nosso secretário de Segurança Pública (Guilherme Derrite) e o nosso governador (Tarcísio Gomes de Freitas). Nós queremos uma explicação. Já basta o que aconteceu em momentos anteriores", afirmou.

Licença
Após sair vencedor das urnas em uma eleição muito disputada e desgastante, o prefeito santista Rogério Santos (Republicanos) informou ontem ao Legislativo que estará ausente da Cidade de hoje até o próximo dia 19. Durante esse período, o comando da Administração Municipal estará nas mãos da vice, Renato Bravo (PSD).

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