Mario dos Santos tem seu nome em rua de Mongaguá

A Rua Mario dos Santos não é extensa. Com cerca de 500 metros, é dividida por seis quadras em uma via amplamente residencial. Paralela à Avenida Governador Mário Covas Júnior, que margeia a praia da cidade, ela começa na rua Rachel Celeste Franco Gandra e termina na Rua Antônio Cândido.
 
Um pouco de história
O filósofo, tradutor e escritor brasileiro Mario Dias Ferreira dos Santos nasceu no município Tietê, em São Paulo, no dia 3 de janeiro de 1907.  Ele foi matriculado em um colégio jesuíta e, em 1925, ingressou na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no curso de Direito, onde se formou em 1930.
 
Mario traduziu várias obras clássicas de autores como Aristóteles, Pitágoras, Friedrich Nietzsche, Immanuel Kant, Blaise Pascal, Tomás de Aquino, Duns Scott, Henri-Frédéric Amiel e Walt Whitman.
 
No início dos anos 40, foi contratado como tradutor pela Livraria do Globo, em Porto Alegre. Em 1945, precisou se mudar para São Paulo e continuou seu trabalho como tradutor na Editora Flama. Como a dificuldade para publicar seus livros era grande, decidiu fundar suas próprias editoras, a Logos S.A. e a Matese S.A.
 
Ele foi pioneiro no sistema de venda de livro a crédito, de porta em porta, e também desenvolveu seu próprio sistema, nomeado de Filosofia Concreta, classificado pelo autor Carlo Beraldo como uma obra aberta aos novos problemas da modernidade e ao mesmo tempo perene e ecumênica.
 
Mario foi um dos poucos estudiosos brasileiros que fez parte do chamado anarquismo cristão, sendo um participante ativo do Centro de Cultura Social, um dos mais importantes núcleos anarquistas de São Paulo da primeira metade do século XX.
 
Em 1968, faleceu em São Paulo devido a uma doença cardiovascular.