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Se a eleição para prefeito fosse hoje, Rodrigo Casa Branca seria eleito em Mongaguá

Pesquisa da Badra dá um panorama do cenário político nas cidades onde os atuais prefeitos não são candidatos à reeleição, faltando 30 meses para as eleições municipais

Redação BS9 - Exclusivo

07/04/2022 - quinta às 00h09

Segundo colocado na eleição de 2020, Rodrigo Casa Branca registra hoje a preferência de 18,1% do eleitorado - Arte: BS9

É certo que muita água ainda há de passar por debaixo dessa ponte, até outubro de 2024, mas, se a eleição para a Prefeitura de Mongaguá fosse hoje, Rodrigo Casa Branca, do PSDB, seria eleito com certa folga para comandar os destinos da cidade.

É isso que revela a mais recente pesquisa Badra de opinião, realizada nos dias 30 e 31 de março, e que ouviu 1.060 moradores-eleitores do município. O levantamento faz parte do entendimento do instituto de que a eleição desse ano é apenas uma espécie de freio de arrumação para 2024.

Segundo o jornalista e analista político Maurício Juvenal, o tema mais abordado nas rodas de conversa nos bastidores das prefeituras, sobretudo aquelas onde os atuais chefes do Executivo não podem ser candidatos à reeleição, é justamente o processo sucessório. “Não são poucos os que querem contar com o apoio da máquina administrativa. Em geral ela tem um peso de muito grande em cidades pequenas, onde a Prefeitura é o principal empregador”, argumenta.

Por outro lado, explica o especialista, aqueles que se sentem preteridos ou são de oposição, se movimentam hoje no sentido de apoiarem candidatos fortes no pleito de 2 de outubro próximo, apostando que terão reciprocidade daqui dois anos. “Eu ajudo a eleger um ou dois deputados hoje e, em 2024, eles me ajudam a virar prefeito. Essa é a lógica”.

Os números
Segundo lugar na eleição de 2020, tendo recebido apenas 1.706 votos a menos que o prefeito Márcio Cabeça, do Republicanos, Rodrigo Casa Branca registra hoje a preferência de 18,1% do eleitorado, no levantamento estimulado, aquele em que se apresenta uma lista de nomes, no formato de disco de pizza, para o entrevistado.

“Ele também lidera a pesquisa espontânea, com 5,4% da preferência. Nessa modalidade, o entrevistado responde ao questionamento sobre em quem votaria, sem qualquer tipo de estímulo”, explica Célio Ricardo Silva da Costa, jornalista e coordenador do levantamento.

Para ele, a liderança de Casa Branca, assim como  o segundo lugar conquistado, na estimulada, por Renato Donato, do PSB, com 12,2% das menções, são fruto do recall da eleição de 2020, quando ambos terminaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente.

“As notas positivas ficam para os desempenhos do ex-prefeito Paulinho Wiazowski e do atual presidente da Câmara de Mongaguá, vereador Baianinho, que pontuaram com 9,7% e 9,3% das intenções. Paulinho, porque está fora da política local há quase uma década e, Baianinho, do MDB, visto que vai se mostrando com opção viável dentro do grupo político ligado ao atual prefeito”, destaca Célio Ricardo.

De acordo com o coordenador, é muito cedo para fazer projeções, mas a tendência é que se estabeleça, já no início de 2023, um racha entre os que apoiam e dão sustentação ao atual prefeito, já que são muitos os pleiteantes.

“Há rumores que até o homem forte de seu governo, Douglas Aparecido, diretor de compras, alimenta o deseja de ser candidato, assim como o vice, Rafael Redó, e os vereadores Baianinho, Guinho e Diego Domingues. Na hora da escolha, o abençoado fica feliz e os demais torcem o nariz e por vezes até abandonam o barco”, afirma e completa: “o suficiente para que a oposição comemore e de certo modo até se fortaleça”.

Já o placar da rejeição, ou seja, o entrevistado aponta em quem não votaria de jeito nenhum se a eleição fosse hoje, mostra o empresário Moura (sem partido), como o mais rejeitado, com 15,2% de menções. Na sequência, Rodrigo Casa Branca, com 12,9%; o vice-prefeito Rafael Redó, com 9,4%; o ex-prefeito Paulinho Wiazowski, com 8,3%; o vereador Guinho, com 7,9%; o advogado Renato Donato, com 5,7%; e os vereadores Baianinho, com 5,1% e Diego Domingues, com 4,2%.

O levantamento apontou o empresário Moura (sem partido) como o mais rejeitado, com 15,2% de mençõesO levantamento apontou o empresário Moura (sem partido) como o mais rejeitado, com 15,2% de menções - Arte: BS9

Nada menos que 1/4 dos entrevistados, 25%, afirmaram que com certeza votariam no candidato apoiado pelo atual prefeito, Márcio Cabeça, independentemente de quem ele fosse. Na outra ponta, 37,2% disseram que não votariam no candidato apoiado pelo chefe do Executivo. Para 33,1% dependeria de quem fosse o candidato, e 4,7% não souberam responder.

Com a palavra
O Portal BS9 ouviu o primeiro colocado na pesquisa, o segundo e os dois que empataram na terceira colocação. Para todos eles foram feitas as mesmas perguntas. Veja o que cada um deles respondeu.

RODRIGO CASA BRANCA

O senhor pretende ou está disposto a ser candidato a prefeito?
Sim, serei candidato em 2024.

O que achou do resultado da pesquisa?
Fico feliz com a população de nossa cidade por lembrar do nosso nome à frente do Executivo. Ganhamos uma eleição suplementar e fomos retirados do cargo por uma liminar. Na outra oportunidade, com a junção de todos os ex-prefeitos da cidade, lutando contra a máquina, perdemos por muito pouco. Eu ainda vou mostrar a esta cidade o trabalho e o carinho que ela realmente merece.

Ao comentar os números da pesquisa, Rodrigo lembrou da forma como perdeu a eleição de 2020 - Reprodução/Instagram

Como o senhor vê o desempenho do atual prefeito e o que faria diferente?
Eu falar seria um ataque. Afinal, faço oposição a este governo. Simplesmente é esperar o tempo passar e ver na urna se a população realmente estará satisfeita com as diversas reclamações no setor da educação, enchentes, limpeza publica precária, se o servidor está feliz com seu salário etc. e etc.. O povo tem que aprender que a compra de voto acarreta no que a cidade vem passando hoje. Repito: sou candidato ao cargo que ele ocupa. Quem tem que achar bom ou ruim é a população. Pelo que estamos vendo, por mais que se tente fazer algo, parece que a população nao está muito satisfeita. Temos que dar mais atenção ao turismo local. Nossa cidade está ficando para trás. Nossos vizinhos geram emprego e renda, nossos comerciantes estão fechando suas portas. O Poder Executivo tem que olhar para isso. Apenas reformas e bloquetes nao vão fazer nossa economia mudar.

Na sua opinião, o que o senhor acha que Mongaguá mais precisa?
Mongaguá merece um trabalho em conjunto com a população, merece respeito, merece carinho. Precisamos gerar renda e emprego e dar dignidade a todos os moradores.

RENATO DONATO

O senhor pretende ou está disposto a ser candidato a prefeito?
No momento não penso nessa possibilidade. Temos uma eleição este ano muito importante e o resultado desta eleição pautará os rumos da nação, do nosso estado, quanto mais do nosso município. Por isso entendo que deva ser um passo de cada vez. Mas enxergo a política como um chamado, uma missão, não um cargo simplesmente.

O que achou do resultado da pesquisa?
Achei o resultado bastante interessante, porque mostra a resposta daquilo que continuamos a fazer, mesmo sem ocupar cargo público. Acredito que o fato de ser uma pessoa muito ligada às causas sociais e sempre que possível estar atento às necessidades da nossa cidade, levando-as aos políticos de âmbito estadual e federal, pode ter contribuído para esse resultado.

Para Donato, o trabalho com causas sociais e a atenção às necessidades da cidade refletiu no resultado - Reprodução/Instagram

Como o senhor vê o desempenho do atual prefeito e o que faria diferente?
Vejo como continuação da gestão anterior. Não parece que mudou o prefeito. Tudo permanece do mesmo jeito. Quanto ao que eu faria diferente, seria muita coisa, mas principalmente o atendimento ao cidadão. Os serviços prestados por nossa cidade carecem de qualidade. Vemos ruas mal cuidadas, obras realizadas e após concluídas parece que piorou o problema. Basta citar o exemplo das enchentes após as obras de drenagem nos bairros da cidade. Mas em especialmente o setor de educação, a pandemia revelou o quanto atrasamos ainda mais nossas diferenças com as cidades vizinhas e investir na educação, cuidar das nossas crianças e jovens, é investir no futuro. 

Na sua opinião, o que o senhor acha que Mongaguá mais precisa?
Por fim, mas não menos importante, investir na economia e na geração de renda do município. Nosso povo precisa ter trabalho e renda, para recuperar sua dignidade.

PAULO WIAZOWSKI FILHO

O senhor pretende ou está disposto a ser candidato a prefeito?
Por ora eu não tenho nenhum interesse em me candidatar. Ainda é muito cedo. O foco está nas eleições deste ano e eu vou trabalhar pelo PSD. Tenho um compromisso com o Gilberto Kassab (presidente do partido). Terminando o processo eleitoral de 2022, as coisas vão acontecer naturalmente.

O que achou do resultado da pesquisa?
Eu fico muito, muito feliz em ser lembrado. É um reconhecimento da população ao meu trabalho à frente do município. É bom frisar que muitos citados na pesquisa são nomes que estiveram em evidência nos últimos anos, na eleição passada. Eu já estou há dez anos sem concorrer a cargo público. Durante boa parte desse tempo morei em Santos em virtude do meu trabalho, mas estou de volta a Mongaguá, que eu amo. E ter esse reconhecimento da população é muito gratificante.

Paulinho Wiazowski ficou muito feliz por ter sido citado, já que há dez anos não concorre a cargo público - Reprodução/Facebook

Como o senhor vê o desempenho do atual prefeito e o que faria diferente?
Eu acredito que, para se ter uma gestão eficiente, é necessário o binômio gente e gestão. O gestor precisa sim, ter um conhecimento técnico, mas isso não basta. Ele não pode se esquecer das suas raízes. Precisa saber ouvir, saber dos problemas. É dessa forma que se consegue elaborar políticas públicas que estejam em sintonia com os anseios da população.

Na sua opinião, o que o senhor acha que Mongaguá mais precisa?
Eu sou um empresário de Mongaguá. Sou um motivador de uma cadeia produtiva e acredito no progresso. Acho que a cidade precisa avançar principalmente em inovação e tecnologia. Mongaguá tem um grande potencial e é importante ter esse otimismo.

RAFAEL REDÓ

O senhor pretende ou está disposto a ser candidato a prefeito?
Sim, serei candidato a prefeito em 2024, por uma construção iniciada lá atrás, em 2016, e uma conversa posterior de suceder o prefeito Márcio Cabeça, com quem fiz uma agenda de desenvolvimento para Mongaguá, de mais de seis anos. Contudo, o objetivo, agora, é contribuir com a Administração, cumprindo o mandato de vice-prefeito.

O que achou do resultado da pesquisa?
O resultado é prematuro ainda. Não estamos em campanha eleitoral municipal. O eleitor não está atento à disputa de 2024, agora, e sim às disputas de deputados, governadores e presidente. Mas, o meu nome ser lembrado em todas as pesquisas demonstra que estamos no caminho certo e desempenhando o trabalho que sempre quero para a nossa cidade. 

Para o vice-prefeito Rafael Redó, ter sido lembrado mostra que a Administração está no caminho certo - Reprodução/Instagram

Como o senhor vê o desempenho do atual prefeito e o que faria diferente?
O trabalho do prefeito Márcio está sendo aprovado, mesmo ainda com todas as dificuldades enfrentadas: pandemia, falta de recursos e problemas crônicos antigos que temos na cidade. Ele demonstra uma liderança implacável, sempre atento na solução dos problemas, buscando recursos e projetos com os governos estadual e federal, para fazer a cidade ter a estrutura necessária para o atendimento à nossa população. O esporte é exemplo disso, com avanços que tivemos neste último ano, além do cronograma de obras que vem ainda.

Na sua opinião, o que o senhor acha que Mongaguá mais precisa?
Mongaguá precisa sempre ter atenção e investimentos no combate às enchentes, zeladorias, limpezas e pavimentação de ruas com drenagem. Gerar emprego e crescer a nossa economia local, também se faz necessário para o desenvolvimento da cidade. E o trivial, com o bom uso dos recursos públicos nas áreas de Saúde, Educação e Segurança, como tem sido feito pelo prefeito Márcio Cabeça.

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