VOTO PARA PREFEITO
Os quatro primeiros colocados nesse momento não têm forte ligação com o grupo político do atual prefeito
Da Redação BS9
04/02/2023 - sábado às 00h03
Do ponto de vista técnico, a Badra testou dois cenários estimulados e um espontâneo - Foto: Divulgação/Badra Comunicação
Nem bem termina uma eleição, já tem início a outra. Para o cidadão comum o calendário pode até ser diferente, mas a verdade é que dez em cada dez políticos já estão absolutamente de olho nas eleições municipais de 2024, inclusive os que não vão concorrer.
Pelas bandas de Peruíbe, mesmo faltando dois anos para o pleito, o cenário já tem seu contorno bem definido e, nesse momento, exclui nomes mais diretamente ligados ao atual prefeito, Luiz Maurício.
O ex-prefeito Gilson Bargieri, que em tese estaria inelegível se a eleição fosse hoje, lidera com 21% das intenções de voto. Em segundo aparece o vereador Tamer Júnior, o preferido de 15,5% dos entrevistados. O terceiro nome mais forte é de Cabo Anderson, que disputou a última eleição em 2020, e foi citado por 14,4%. Na sequência aparece o eterno candidato Emer, com 13,3%.
Em um segundo pelotão, estão o vice-prefeito André de Paula, com 4,2%, a ex-prefeita Ana Preto, com 1,9%, Kaio Lima, com 1,8% e, fechando a lista estimulada, o vereador Paulinho da TV, com 1,6%.
Foi tentando antecipar esse cenário, que a Badra Pesquisas foi às ruas da cidade para medir, junto aos moradores-eleitores, como anda a intenção de voto caso as eleições municipais fossem hoje. Os resultados estampados nos gráficos ao lado dão o tom exato do atual momento político.
Do ponto de vista técnico, a Badra testou dois cenários estimulados e um espontâneo. O primeiro estimulado foi, então, composto por oito nomes com densidade política e eleitoral. Nele, 21,5% responderam ninguém/nulo/branco e 4,7% não souberam avaliar.
Cenário mais enxuto mantém Gilson na liderança
A equipe técnica da Badra optou por, no segundo cenário estimulado, mais enxuto, definir uma regra padrão – em relação a todos os municípios onde os atuais prefeitos não podem concorrer à reeleição – para os nomes que compuseram o disco de pesquisa. A regra é clara: o vice-prefeito; o segundo colocado na eleição de 2020, um nome com densidade eleitoral na situação; e o mais recente ex-prefeito.
André de Paula, Emer, Gilson Bargieri e Ana Preto tiveram então seus nomes avaliados pelos entrevistados. Bargieri lidera nesse cenário com 26% das citações, seguido por Emer com 18,5%, André de Paula registra 7% e Ana Preto, 2,9%. Não souberam responder são 8,4% do total de entrevistados, e 37,2% responderam ninguém, branco ou nulo.
A pesquisa Badra ouviu 1.060 moradores-eleitores no último dia 20 de janeiro, em diferentes pontos de fluxo de Peruíbe e respeitou na amostra a proporção do perfil dos entrevistados em relação ao eleitorado total da cidade, no que diz respeito a gênero, faixa etária, escolaridade e renda.
Comentário do Juvenal
Um aviso objetivo a quem faz oposição ao Governo Luiz Maurício, em Peruíbe. Se vocês se mantiveram divididos, o candidato a ser abençoado pelo atual prefeito, que media com mão de ferro esse jogo, será o próximo prefeito da Cidade. E que fique claro, nenhuma torcida contra ele, até porque é jeitoso politicamente, ainda que, na minha opinião, carregue traços de autossuficiência, o que sempre é muito ruim, mas, sobretudo, na vida pública.
É que, de verdade, não dá mais para ver os políticos de oposição chorando as pitangas pós-eleição. Até a lama negra de Peruíbe bem sabe que Luiz Maurício não venceu as eleições. A oposição é quem perdeu ao aceitar um cenário de enorme divisão. Com isso, o prefeito se reelegeu com o voto de apenas 2, em cada 10 eleitores aptos a votar. Luiz Maurício teve 30% dos votos válidos. E 19,5% do eleitorado total do município
Para 2024 são, no mínimo, quatro nomes de peso que não mantêm proximidade com o chefe do Executivo: A família Gilson, Cabo Anderson, Tamer Júnior e Emer. Em uma conta simples, cada um, em tese, tem 20% da preferência do eleitorado. Os outros 20% são do candidato do prefeito. Opa, todo mundo empatado? Não, o peso da máquina vai desiquilibrar a disputa em favor desse nome que ninguém sabe ainda qual é, e que deve abocanhar pelo menos 25 % dos votos válidos. O restante, 75%, dividido por quatro, dá 18,75%. Luiz Maurício já está fazendo as contas, ou melhor, já fez!
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