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Coreia do Norte testou com sucesso míssil hipersônico

O lançamento aconteceu depois de Kim Jong-un ter prometido reforçar as defesas

Da Agência Brasil

10/01/2022 - segunda às 15h51

É a segunda vez que o país faz o lançamento - (foto: Reuters)

A Coreia do Norte fez teste de um míssil hipersônico, informou nessa quarta-feira, dia 5, a agência oficial norte-coreana KCNA, o primeiro desse tipo realizado pelo país neste ano.
 
O míssil transportava uma "ogiva hipersônica", que "atingiu com precisão um alvo a 700 quilômetros (km) de distância".
 
É a segunda vez que a Coreia do Norte faz o lançamento de míssil hipersônico, uma arma sofisticada que mostra os avanços da indústria de defesa de Pyongyang. O teste ocorre no momento em que a Coreia do Norte passar por grave escassez de alimentos e bloqueios devido ao SARS-CoV-2.
 
De acordo com militares sul-coreanos, Pyongyang disparou o que "se presume ser um míssil balístico" no Mar do Japão, a leste da península coreana, incidente que os serviços de informações sul-coreanos e norte-americanos “analisam cuidadosamente”.
 
Este é o segundo teste de míssil hipersônico, que pode demorar mais tempo para ser detectado do que os balísticos. O lançamento aconteceu depois de o líder norte-coreano, Kim Jong-un, ter prometido, em mensagem de ano-novo, reforçar as defesas de Pyongyang.
 
As armas hipersônicas geralmente voam em direção a alvos em atitudes mais baixas do que os mísseis balísticos e podem atingir mais de cinco vezes a velocidade do som – cerca de 6,2 mil km por hora.
 
Reações
O governo japonês condenou o lançamento do míssil no Mar do Japão (conhecido como Mar Oriental nas duas Coreias) pela Coreia do Norte e disse que vai reforçar ainda mais seus sistemas de monitoramento.
 
"É extremamente lamentável que a Coreia do Norte tenha continuado a lançar mísseis desde o ano passado. O governo vai reforçar ainda mais a vigilância", disse o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, em entrevista.
 
Também os Estados Unidos condenaram o lançamento do projétil não identificado e convocaram Pyongyang para negociações.
 
"Esse disparo viola várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU e representa ameaça aos vizinhos da Coreia do Norte e à comunidade internacional", disse um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano.
 
"Continuamos comprometidos com uma abordagem diplomática em relação à Coreia do Norte e pedimos que ela se comprometa com o diálogo", acrescentou a mesma fonte.
 
O governo do Presidente Joe Biden tem dito repetidamente que está aberto a negociações com a Coreia do Norte, mas Pyongyang rejeitou até agora as propostas de diálogo, acusando Washington de seguir políticas "hostis".
 
ONU pede diplomacia
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, apelou à diplomacia após o lançamento do projétil, pedindo conversações entre Pyongyang e as partes envolvidas.
 
"O envolvimento diplomático e as conversações continuam a ser o único caminho para uma paz sustentável e a desnuclearização completa e verificável da península coreana", disse o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric.

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