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SEGURANÇA PÚBLICA

Estado decide liberar PM da escolta de presos na Baixada Santista e no interior

Governador autorizou a contratação de 1.593 novos agentes de escolta e vigilância

Por Alexandre Fernandes - Redação BS9

21/05/2022 - sábado às 22h21

A ideia do governo é que os agentes façam a escolta dos presos, aumentando o efetivo da PM no patrulhamento ostensivo - (foto: divulgação/SAP)

No último dia 10 de abril, criminosos tentaram resgatar em Santos um preso durante o trajeto de volta para a penitenciária. As viaturas da Polícia Militar que faziam a escolta do camburão da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), onde o homem estava, só não foram alvos dos bandidos porque outra equipe da corporação entrou em ação. Mas aos poucos a PM deixará de ser requisitada para esse tipo de serviço na Baixada Santista e no interior de São Paulo. Nesta semana, o governador Rodrigo Garcia autorizou a contratação de 1.593 novos agentes de escolta e vigilância.

A nomeação desses profissionais foi publicada no sábado, dia 21, no Diário Oficial do Estado. A medida, segundo o governo de São Paulo, tem como objetivo reforçar o patrulhamento ostensivo de policiais militares nessas regiões. Atualmente, os oficiais cumprem escalas para escoltar presos para audiências judiciais (como foi nesse caso de Santos), tratamento médico fora de presídios ou transferências de unidades prisionais.

Ainda de acordo com o governo estadual, os agentes, que foram aprovados em concurso público da SAP, começam a ser convocados ainda este mês e serão submetidos a treinamento. De forma gradativa eles serão efetivados para atuar no sistema prisional, ao mesmo tempo em que a PM deixará de fazer a escolta dos presos. Outros 778 agentes já haviam sido nomeados este ano e, segundo o Estado, mais 935 serão efetivados "em breve".

Teleaudiências
Apesar de todo esse efetivo de novos agentes de escolta, essas constantes idas e vindas de presos são uma outra preocupação de Rodrigo Garcia, que, desde quando assumiu o lugar de João Doria no governo de São Paulo, no início de abril, vem fazendo da segurança pública uma bandeira de sua gestão. Candidato a governador nas eleições deste ano, ele também alardeia que o número de teleaudiências criminais no sistema prisional do Estado aumentou de 39 salas em 2019 para 731 hoje em dia.

O governador ainda autorizou a contratação de mais 416 profissionais para atuar em presídios de todo o Estado. Entre os quais estão oficiais administrativos, técnicos de enfermagem, agentes técnicos de assistência à saúde, analistas administrativos enfermeiros, cirurgiões dentistas e analistas socioculturais.

Ao todo, a Baixada Santista e o Vale do Ribeira abrigam sete unidades prisionais. Só em São Vicente tem quatro: duas penitenciárias (1 e 2), um Centro de Detenção Provisória (CDP) e um Centro de Progressão Penitenciária (CPP) inaugurado em agosto do ano passado. Os demais presídios estão em Praia Grande (um CDP), Mongaguá (um CPP) e Registro (uma penitenciária).

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