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Um mês para West Side Story

Gustavo Klein - Apaixonado por livros, filmes, música e séries, atua há mais de 30 anos como jornalista cultural

Gustavo Klein

15/11/2021 - segunda às 16h22

Era para chegar no fim de 2020 mas a pandemia adiou o musical West Side Story em mais de um ano. É certamente um dos mais esperados deste ano, especialmente por quem é fã do filme original, lançado há 60 anos e com uma versão modernizada de ‘Romeu e Julieta’ ambientada na Nova York dos anos 50, com duas gangues rivais: os Jets, de jovens irlandeses, e os Sharks, de jovens porto-riquenhos.
 
Se você tem na família alguém com 74, 75 anos (ou seja, era adolescente na época do filme), faça o teste: pergunte se assistiu e se gostou. Conheço vários desta geração que tinham em West Side Story seu filme favorito. Entre eles meu saudoso pai - o professor Luiz Carlos Carlan - o pai do grande crítico de cinema Felipe Goulart, o crítico Rubens Ewald Filho, o produtor cultural Jo Takahashi e o diretor Steven Spielberg.
 
Tanta paixão se justifica: o filme é um desbunde de tão bom. Suas cenas de dança, com muitas referências de balé clássico, beiram a perfeição. São tão importantes para a história que seu coreógrafo, Jerome Robbins, recebeu o Oscar de Melhor Diretor junto com Robert Wise, o verdadeiro “maestro” da produção.
 
Da música talvez só bastasse dizer que foram compostas pelo grande Leonard Bernstein, um dos mais respeitados maestros da história. Já clássicas, canções como Tonight, América e There’s a Place for Us figuram entre as melhores do cancioneiro norte-americano.
 
Sobre as interpretações, dois Oscar - de ator coadjuvante e atriz coadjuvante - credenciam um elenco sensacional, liderado pelos premiados Rita Moreno (que participa da nova versão) e George Shakiris e com a maravilhosa Natalie Wood como a musa latina Maria.
 
O filme é o segundo maior vencedor da história do Oscar, com 10 estatuetas, e o musical mais premiado de todos os tempos, com Globos de Ouro, Grammys e literalmente dezenas de outros prêmios.
 
Tudo isso que falei é sobre o filme original. Sobre a nova versão, a melhor referência se dá por ter um fã talentoso - Steven Spielberg - na direção. Muitos fãs, claro, torceram o nariz e têm péssimas expectativas sobre o projeto (caso do meu querido amigo Waldemar Lopes, normalmente cético sobre refilmagens e geralmente certo em todas as suas opiniões sobre o universo cinematográfico).
 
O elenco é formado por jovens atores que pouco fizeram até hoje e têm aqui a melhor chance de alcançar fortuna e glória. Todas as músicas - menos I Feel Pretty - estarão lá. A história do amor impossível é a mesma. A tragédia continua rondando o casal principal. E as novas gerações merecem, enfim, um filme que desperte nelas a curiosidade de assistir ao original.
 
Da minha parte, a expectativa é alta. West Side Story é meu terceiro filme favorito, depois de Amadeus e O Poderoso Chefão. O fato de ser o filme da vida do meu pai, falecido em 2020 pouco antes da data original de lançamento, quando já estávamos combinando a ida ao cinema, vai acrescentar um fator emocional maior à experiência. Vou ao cinema já adorando tudo, vou chorar e me emocionar, cantar junto e, se for o caso, sair falando mal e correr para casa para assistir ao original!

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal BS9

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