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Tempestade, alagamentos e marés de lixo

Ana Patrícia Arantes - Jornalista, atua com Comunicação e Sustentabilidade

Ana Patrícia Arantes

04/04/2022 - segunda às 00h00


A situação das cidades na baixada santista está caótica no gerenciamento destes problemas. Na gestão das águas metropolitana, olhares e investimentos se voltam em sua maioria para micro e macrodrenagem. O Fehidro – Fundo Estadual de Recursos Hídricos, uma importante fonte de financiamentos para projetos em água, disponibilizou na Baixada Santista, nos últimos sete anos, aproximadamente R$ 55 milhões dos recursos da cobrança pelo uso de recursos hídricos para as cidades por meio do Comitê da Bacia Hidrográfica da Baixada Santista com projetos voltados para este tipo de ação – drenagem e microdrenagem, mas mesmo assim na região os alagamentos são cada vez mais constantes.

Diante deste cenário, observamos que novas formas de investimento devem ser priorizadas para a baixada santista tanto em estudos que envolvem eventos climáticos quanto em ações de educação ambiental, com o foco em intervenção nas políticas públicas.
Experiências interessantes já acontecem na região.  Direcionar o repasse destes recursos para além das obras com ações de educação ambiental que incidam em políticas públicas em parcerias com organizações sociais e principalmente a Defesa Civil podem ser muito estratégicas para mudar essa situação.

 Apesar de ter base de monitoramento em tempo real, a Defesa Civil, importante órgão de ação em situação de emergência,  ainda encontra dificuldades em realizar um trabalho contínuo nas comunidades, visando uma conscientização mais intensa nas áreas de risco. Afinal só em escolas, são mais de duas mil em áreas de risco pelo Brasil, segundo dados do Cemaden Educação – Centro de Monitoramento de Desastres Naturais.

Experiências como a da Ong Ecosurf , que possui um panorama importantíssimo sobre a situação dos resíduos na região, com estudos e propostas para despertar ações que envolvam as bacias hidrográficas da Baixada precisam ser consideradas nas políticas de investimentos socioambientais. As práticas desenvolvidas pelo Ecosurf no litoral brasileiro são inseridas em Relatórios Internacionais sobre Plásticos nos Oceanos. Além de muitas outras frentes de vanguarda que estão acontecendo e podem renovar a gestão em  ações de alagamentos.

Considerando o impacto das mudanças climáticas, os municípios precisam atualizar seus planos gerais de macrodrenagem,  objetivando diminuir as enchentes e suas conseqüências de contaminação das águas para o meio ambiente,  além de contribuir para a qualidade de vida da população e também pensar em incentivos financeiros compartilhados na elaboração de seus Planos de Ação Climáticas. Ou então, ficaremos assim, com o dinheiro escorrendo pelos bueiros entupidos de resíduos mal descartados.

Saiba Mais:

Estas e outras experiências de vanguarda na gestão dos recursos hídricos podem ser acessados no E-Book Fórum Pacto Pelas Águas da Baixada Santista. Acesse https://linktr.ee/fundobrasileiroea

 

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