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Quantas pessoas tem no mundo?

Mônica Ferreira Costa - Pedagoga, Psicóloga, Mestranda em Educação na Unisantos

Mônica Ferreira Costa

12/01/2022 - quarta às 16h41

Sempre que um ano se inicia muitas pessoas -  e incluo-me nesta lista - passam a planejar muitas mudanças em suas vidas. Você já reparou que não é incomum que façamos diversos planos/promessas para cumprir no decorrer do ano? Uma lista que inclui o que foi “deixado” para trás, mas que “agora vai”! Essa energia do primeiro mês do ano é, normalmente, compreendida como ponto de largada e nela fazemos acordos de toda natureza: este ano vou aprender inglês (essa é clássica!), vou fazer regime (essa é clássica e triste porque, normalmente, está apenas associada a atender o padrão do corpo “bonito” e estereotipado), este ano mudo de emprego, entro na faculdade, faço aquela viagem, vou parar de fumar, aprender a ....

Fazemos listas a serem cumpridas. Algumas tolices. Muitos desejos. Grande esperança de dar conta e “resolver” velhos problemas, apenas quando o calendário muda do dia 31 de dezembro para o dia primeiro do ano; como se neste momento ocorresse um pequeno milagre. Buscamos coragem no início do ano. Buscamos automotivação para seguir. No entanto, penso que essas listas estão predeterminadas a não serem cumpridas, basicamente, porque estamos falando com o espelho. Olhamos para nosso umbigo e isso nos leva a fingir um pouco, sonhar um pouco, acreditar que, agora que o ano começou, seremos capazes de dar conta de um monte de coisas que não resolvemos num ano inteirinho que terminou.

Poderíamos chamar de: síndrome do ano novo. Ano novo, vida nova!

A verdade é que pouca coisa muda, ou quase nada, além de um novo calendário na parede.

É comum desejarmos mudanças “mágicas”, porque sabemos que transformações reais são muito, muito mais difíceis de acontecerem, pois para que possam se concretizar elas exigem nossa energia, planejamento, recursos, enfim, exigem nossa presença, nossa participação.
 
Por tudo isso fiquei pensando que talvez a gente pudesse tentar outra estratégia neste janeiro de 2022. Na tentativa de melhorar nossas chances de sucesso na realização das nossas listas de desejos, fiquei imaginando: o que aconteceria se passássemos a compartilhar nossas listas? Sim. Poderíamos escolher duas ou três pessoas do nosso convívio que nos conhecem e com quem podemos contar para lidar com todas as coisas da vida. Se compartilhássemos nossas listas também assumiríamos o compromisso de ajudar o outro a realizar aquilo que ele elegeu como importante e o inverso seria verdadeiro, isto é, os outros iriam se comprometer a nos ajudar a realizar nossas querências.

Lendo assim parece fácil, não é?

Pois é, pode ser, realmente, bem mais fácil se soubermos a resposta certa para a pergunta: quantas pessoas tem no mundo?

Você sabe quantas pessoas tem no mundo?

Se você respondeu: “algo em torno de 10 bilhões” ou coisa parecida está distante da resposta necessária para iniciar 2022 numa outra “pegada”, isto porque é necessário pensarmos que no mundo sempre há duas pessoas:  eu e o outro.

Assim, se mudamos a perspectiva para vivermos além do nosso umbigo e passamos a agir para estarmos, verdadeiramente, presentes na vida de alguém para atendermos sem julgar e sem ficarmos definindo o que o outro tem ou não que fazer, aumentamos nossas chances de também sermos atendidos.

O famoso exercício do amar. Aquela ação real e sem alarde que muitos parecem acreditar que é algo fora de moda, mas que, no entanto, tem feito toda a diferença em nossas vidas desde sempre...

Por isso, desejo que neste início de 2022, você e eu sejamos capazes de montar a lista de desejos para o ano, mas que ao “mudar a chave” estejamos juntos de alguém para compartilhar a vida. Que possamos nos responsabilizar amorosamente uns pelos outros e que o amor não seja um sentimento, mas ações conscientes. Ações que não precisam ser compreendidas apenas por aqueles que têm uma religião ou fé, pois, afinal, o amor se põe à mesa para que quem quiser possa se servir.

Feliz 2022 para todas, todos e todes!

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal BS9

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