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Protocolos para inglês ver

Por Gustavo Klein - Apaixonado por livros, filmes, música e séries, atua há mais de 30 anos como jornalista cultural

Gustavo Klein

15/01/2022 - sábado às 15h27

Não é preciso ser muito esperto para perceber: os protocolos sanitários que todos prometem cumprir rigidamente não são exigidos de ninguém em lugar algum. O teatrinho "para inglês ver", como se diz, vai dos shoppings cujos seguranças medem sua temperatura sem olhar para o termômetro às baladas onde a máscara só é exigida no momento da entrada. É bem fácil comprovar, é só entrar nas redes sociais de algum barzinho da cidade e olhar as fotos da última balada.
 
O mesmo princípio vale para eventos esportivos - já viu alguém de máscara nas arquibancadas do jogo do seu time? - e também para shows musicais. Em suma: mesmo em meio à pandemia que já tirou a vida de 620 mil brasileiros, os únicos momentos em que a hipocrisia não reinou foram os de total restrição, com a proibição de eventos e de aglomerações.
 
E o que é este texto, um libelo ao fechamento de tudo? Pelo contrário. É um chamamento à responsabilidade de cada um, não apenas como empresário mas como cidadão. O vírus que é espalhado por uma única pessoa durante uma balada infecta dezenas. De famílias.
 
Se há algo que o coronavírus, com todas as suas cepas e mutações, nos ensinou é que a solidariedade será absolutamente necessária para sairmos desta situação. Mesmo que solidariedade forçada. Enquanto o mundo - inteiro - não estiver vacinado, a chance de novas variações do vírus surgirem e nos vermos novamente no início de uma onda é enorme.
 
E se a responsabilidade dos países ricos é garantir a vacinação tanto dos seus cidadãos quanto dos países sem condições financeiras para arcar com a vacina, a de cada cidadão é promover, no seu âmbito, dentro do seu dia a dia, as condições para que o vírus não se propague.
 
Só então as aglomerações nas baladas e nos shows musicais vão voltar a ser vistas como expressão de alegria e não de egoísmo e inconsequência. Comecei com um ditado e termino com outro: ninguém está a salvo até que todos estejam a salvo. Até a próxima.

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal BS9

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