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Por um manifesto terrarredondista - V (um chamado em cinco partes)

Clau Moreira Ramos - Trabalha com políticas culturais e nas horas vagas escreve sobre o que vê e sente

Clau Moreira Ramos

23/05/2022 - segunda às 00h00

No meio das muitas mentiras em que estamos mergulhados, a gente sabe que a Terra é redonda. Confirmam isso inúmeros testemunhos e estudos de muitas fontes diversas ao longo da história. Confirmam isso vários dispositivos tecnológicos e aparelhinhos e aparelhões desenvolvidos ao longo do tempo. E pode confirmar isso qualquer um de nós que quiser, usando um dos diversos meios de transporte que hoje nos permitem ir mais longe mais rápido ou usando meios de transporte antigos e analógicos; apoiando-se em mapas e instrumentos de navegação modernos ou desenvolvendo o próprio método lógico de verificação. Só não confirma isso quem precisa apenas continuar negando, brava e rancorosamente, qualquer possibilidade de que nem tudo seja uma farsa e uma conspiração. Não há muito a dizer a essa pessoa além de: sinto muito e espero que você possa ficar bem; que quando a pandemia terminar completamente de passar, alguém possa lhe dar esse abraço que você merece e do qual precisa tão desesperadamente, para, quem sabe, voltar a confiar que nem tudo é ruim na humanidade e que você não é a única pessoa que sabe alguma verdade, muito menos a única que sofre por conta de todas as mentiras já ditas até aqui.

Para todas as outras pessoas que, apesar da exaustão, da indignação, da tristeza e da raiva, ainda sabem que o mundo dá voltas, fica o convite para começarmos a pensar em meios de caminhar juntos. Não sem diferenças, divergências, conflitos até. Com tudo isso. Não achando que tudo o que nos dissermos será a verdade; mas assumindo o compromisso de tentarmos ser verdadeiras e verdadeiros uns com os outros. Compromisso pautado em credibilidade, construção conjunta de reputação – não em desconfiança – e alicerçado pelo esforço conjunto contra a impunidade: contra escândalos e apurações intermináveis e sofríveis que não dão em nada e a favor do cumprimento da leis e combinados ou de suas consequências.  

No nosso mundo atualmente polarizado entre direitas e esquerdas e com centros móveis e mutantes, que ora parecem pender às esquerdas, ora bandeiam para as direitas, é provável que todo mundo com alguma sanidade esteja meio perdido e angustiado mesmo. Como ficar bem em tempos de vírus que querem nos matar e pragas que tentam nos enganar?

A proposta é: vamos ver o que é que a gente pode fazer com esse mundão que está aí juntos. Vamos tentar curar essa terra juntos. Até agora uma porção de gente se preocupou em reclamar do mundo e dos outros de todas as formas. Tem gente que até garante que só há de ser melhor em outra vida. Talvez. Mas o  que realmente pode fazer diferença é o quanto a gente se empenhar para reduzir os motivos de reclamação e para aumentar as chances e os meios para ter mais gente vivendo melhor neste mundo, nesta vida. Nós e os outros, gente bem próxima e gente muito distante.

A gente não tem nada a perder, além da tristeza que nos engole e das mentiras  nas quais não acreditamos mais. 

Terrarredondistas do mundo: bora mudar o que não funciona, porque é preciso, e porque a gente pode, e ninguém mais vai nos enganar dizendo que não; a escrita da nossa história há de ser por nossa conta, risco e alento.

 

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