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A educação não é brincadeira

José Virgílio Leal de Figueiredo - Presidente do Instituto Arte no Dique

José Virgílio Leal de Figueiredo

17/04/2022 - domingo às 00h00

Recentemente temos acompanhado pela imprensa escândalos referentes ao Ministério da Educação. Na letra da canção “Do Espírito”, da Legião Urbana, Renato Russo cantava que a “Ignorância é vizinha da maldade”. Não é de hoje que assistimos a notícias do tipo. 

Um país com tanto potencial tal qual o Brasil merecia mais de seus representantes, muito mais! Mas desde tempos imperiais, do Brasil Colônia, somos vítimas de gente que não quer abrir a mão de privilégios e, para isso, conta com a falta de conhecimento do povo. 

A falta de educação, no sentido do aprendizado, da reflexão, e a falta de cultura, são aliados de governantes inescrupulosos que não possuem o senso de pertencimento, do coletivo. Um povo que não questiona, que não debate, que não reivindica, é um povo a mercê de desmandos, de manipulações, que se torna refém de falsos profetas, sejam esses falsos profetas políticos mentirosos, corruptos, hipócritas, bem como líderes religiosos que encontram na fé das pessoas uma maneira de enriquecer. 

Todo este sistema contaminado existe no país há séculos. Mas nos últimos anos tem sido levado ao limite em discursos que utilizam das fake news para retirar direitos de trabalhadores, impedir a livre manifestação de artistas, jornalistas, pautas inclusivas, e fazem uso do nome de Deus da maneira mais sórdida que poderia existir. Deus, creiamos nele ou não (e precisamos respeitar quem não acredita), teria vergonha desses falsos profetas, que chegaram, inclusive, ao Ministério da Educação e pretendiam fazer de materiais didáticos braços de suas bíblias intolerantes e preconceituosas. 

Assim, mais do que nunca, precisamos agir e escolher qual país pretendemos para o futuro, para nossos filhos, netos. Certamente quero um país cujo estado seja laico, que respeite as diferenças, impeça a disseminação do ódio, das intolerâncias, a perseguição às minorias e que tenha uma educação forte, que respeite nossas tradições, diferentes culturais, ancestralidades, heranças africanas, todo este caldeirão que faz do povo brasileiro um povo querido, mas que tem sido muito mal representado aqui dentro e no exterior por figuras grotescas e mal intencionadas.

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