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Câmara de Peruíbe discute na sessão de hoje a liberação de rodeios no Município

A proposta é de autoria dos vereadores Fábio Mariano (PL) e Sérgio Teté (PP)

Sandro Thadeu

15/10/2025 - quarta às 04h00

Nova polêmica
Após a Câmara de Peruíbe aprovar, no mês passado, o projeto de decreto legislativo que institui o Dia do CAC (Colecionador, Atirador e Caçador) – decisão que gerou repercussão negativa e pode colocar em risco o título internacional de Cidade das Aves –, o Legislativo voltará a debater um tema polêmico. Na sessão de hoje, os vereadores irão apreciar a proposta que libera a realização de rodeios e eventos equestres no Município. 

Valorização da cultura
A proposta é assinada pelos vereadores Fábio Mariano (PL) e Sérgio Teté (PP). O integrante do PL está convocando nas redes sociais os apoiadores da ideia para acompanhar a votação e defendeu a iniciativa como uma forma de garantir o desenvolvimento para Peruíbe. "Esse é um projeto que defende a nossa cultura e as tradições que fazem parte da nossa história", ressaltou. 

Economia fortalecida
Mariano destacou que o rodeio já é reconhecido como patrimônio cultural imaterial brasileiro e assegurou os eventos seguirão as normas de proteção e bem-estar animal. Na avaliação dele, a propositura tem potencial para movimentar a economia local, gerando empregos e fortalecendo o turismo, sobretudo na baixa temporada, quando os comércios, hotéis e restaurantes enfrentam queda no movimento. 

Absurdo completo
A engenheira agrônoma e presidente do Conselho Municipal da Proteção e Bem-Estar Animal (Combem), Mari Polachini, criticou duramente a iniciativa. Ela entende que a propositura é uma afronta à identidade de Peruíbe, conhecida nacionalmente e internacionalmente como destino de turismo ecológico e observação de aves. "Somos um refúgio para a vida selvagem. Não vamos comprometer nossos valores de compaixão e respeito pelos animais com práticas que não refletem nossa identidade", desabafou. 

Comando provisório
O prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (MDB), comunicou à Câmara que estará licenciado do cargo até o próximo dia 23, pois estará fora do Município para tratar de assuntos particulares. Nesse período, a Cidade estará sendo governada pelo vice, Rodrigo Santana, o Rodrigão do Vôlei (PSD). 

Debate adiado
A líder do Governo no Legislativo de Praia Grande, Renata Zabeu (PSD), solicitou e os pares acataram o pedido para retirar da pauta de ontem o requerimento para a instalação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) das Fake News. 

Movimento atípico
Vários vereadores ficaram surpresos com essa solicitação da parlamentar, pois a maioria da Casa de Leis apoia essa medida protocolada pela vereadora Janaina Ballaris (União). 

Vila Vingativa
As galerias da Câmara de Santos foram tomadas ontem por familiares e alunos do Instituto Osvaldo De Rosis, que protestaram contra a decisão da Prefeitura de Santos de retomar o espaço na Praça 1º de Maio, na Ponta da Praia, cedido à entidade desde 1999. O local será transformado em uma Vila Criativa. "O prefeito não é o dono da cidade - exigimos ser ouvidos!" e "um prefeito que trabalha contra o santista - Rogério Santos e a Vila Vingativa" eram algumas das frases nas faixas exibidas pelo grupo.

Vilão da história
Em nome do instituto, Andressa Baccarat usou a Tribuna Cidadã e afirmou que, se o chefe do Executivo, Rogério Santos (Republicanos), não recuar da decisão, ele demonstrará "a pior face de homem público ao penhorar o bem-estar coletivo em nome de um projeto de poder". A representante da entidade complementou: "Isso não é gestão; é tirania e é imperdoável. A Cidade verá no senhor não um administrador, mas um vilão, que, por ganância política, destruiu um dos maiores projetos sociais da Baixada Santista". 

Sem guerra
No final da sessão, o líder do Governo no Legislativo, Cacá Teixeira (PSDB), elogiou o trabalho desenvolvido pelo instituto, mas justificou que a área pertence à Prefeitura. Além disso, negou que a medida administrativa tenha um caráter de "vingança" ou represália ao vereador Rui De Rosis Júnior, líder da Oposição e neto de Osvaldo De Rosis. "A gente não pode levar esse assunto para esse lado da vingança. Ninguém quer fazer uma guerra", reiterou. 

Donos da Cidade
De Rosis Júnior rebateu as declarações do tucano ao dizer que era "vergonhoso" defender uma "medida autoritária" que demonstra a falta de respeito com os próprios vereadores e a Cidade. "Tudo isso porque tem um grupo que se arvorou no Governo, acha que é o dono da Cidade e pode fazer o que quiser. Falar que não há perseguição ao instituto e à minha pessoa para tentar me calar é infantil", desabafou.
 

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