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Rua em Santos tem nome de sanitarista brasileiro

Oswaldo Cruz foi pioneiro na medicina experimental do Brasil

Redação BS9

23/02/2022 - quarta às 05h00

Na via encontramos o tradicional colégio Stella Maris, o Super Centro Comercial do Boqueirão, e a Universidade Santa Cecília - (foto: Google Maps)

A Rua Oswaldo Cruz, no bairro do Boqueirão, em Santos, abriga lugares importantes da cidade. Com cerca de dois quilômetros de extensão, a rua começa na Av. Bartolomeu de Gusmão, com dez quadras, e ultrapassa a Av. Afonso Pena, com mais uma.
 
Seu trajeto abriga prédios e casas, e também vários tipos de comércio, além do tradicional colégio Stella Maris, o Super Centro Comercial do Boqueirão, e a Universidade Santa Cecília. Nas manhãs de terça-feira, moradores das redondezas encontram, entre a Av. Dr. Epitácio Pessoa e a Rua Bento de Abreu, a feira livre do bairro.
 
Conhecendo Oswaldo Cruz
Oswaldo Gonçalves Cruz, nasceu em São Luiz do Paraitinga, no dia 5 de agosto de 1872. Aos 15 anos, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e se formou em 1892 defendendo sua tese A veiculação microbiana pelas águas.
 
Interessado pela microbiologia, Oswaldo montou um pequeno laboratório no porão de sua casa onde começou seus primeiros estudos. Logo começou a trabalhar na Policlínica Geral do Rio de Janeiro, onde era responsável pela montagem e a chefia do laboratório de análises clínicas.
 
Aos 20 anos, se casou com Emília da Fonseca Cruz, sua namorada desde a adolescência, com quem teve seis filhos. Em 1897 Oswaldo Cruz viajou para Paris, onde permaneceu por dois anos estudando microbiologia, soroterapia e imunologia, no Instituto Pasteur, sendo discípulo do diretor Émile Roux.
 
Participação na região
De volta ao Brasil, Oswaldo reassumiu seu cargo na Policlínica Geral e integrou a comissão de Eduardo Chapot Prévost para estudar a mortandade de ratos que gerou surto de peste bubônica em Santos. Demonstrou que a epidemia era incontrolável sem o emprego do soro adequado. Como a importação era demorada, propôs ao governo a instalação de um instituto para fabricá-lo.
 
Em uma época onde o país era assolado por diversas moléstias infecciosas, Oswaldo Cruz decidiu enfrentar as principais doenças como febre amarela, peste bubônica e varíola. Para isso, adotou métodos tidos como drásticos por outros médicos, como o isolamento dos doentes, a notificação compulsória dos casos positivos, a captura dos vetores, como mosquitos e ratos, e a desinfecção das moradias em áreas endêmicas.
 
Sua postura de enfrentamento às doenças ganhou reconhecimento internacional em 1907, quando Oswaldo Cruz recebeu a medalha de ouro no 14º Congresso Internacional de Higiene e Demografia de Berlim, na Alemanha, pelo trabalho de saneamento do Rio de Janeiro.
 
Em seu retorno ao Brasil, em 1908, Oswaldo foi recebido como um herói nacional e em 1909, o Instituto Soroterápico Federal levaria seu nome, passando a se chamar Instituto Oswaldo Cruz. Em 1910 combateu a malária durante a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, em Rondônia, e a febre amarela, a convite do governo do Pará.
 
Oswaldo Cruz morreu em casa, às 21 horas e 10 minutos do dia 11 de fevereiro de 1917, devido a uma insuficiência renal. Um curiosidade: ele reformou o Código Sanitário Brasileiro e reestruturou todos os órgãos de saúde e higiene do país.

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