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BIPOLARIDADE

Transtorno de bipolaridade: conheça os sintomas, tipos e os tratamentos

Segundo a OMS o transtorno bipolar acomete cerca de 140 milhões de pessoas no mundo. Estima-se que a prevalência global do transtorno bipolar seja de 1 a 2%. A doença afeta mais os jovens, sobretudo entre os 15 e 25 anos

Da Redação BS9 - Isabella Monteiro

29/03/2023 - quarta às 16h00

Transtorno Bipolar afeta mais jovens de 15 a 25 anos - Foto: Freepik

 

Transtorno bipolar ou transtorno afetivo bipolar é uma condição de saúde mental que causa mudanças extremas de humor. Conhecido anteriormente como psicose maníaco-depressiva, se caracteriza pela alternância de períodos em que a pessoa fica mais exaltada (mania), de episódios de depressão (hipomania) e de normalidade. Essas mudanças de humor podem afetar o sono, a energia, a rotina, o julgamento, o comportamento e a capacidade de pensar com clareza.

Características da mania:

  • Autoestima inflada, autoconfiança e grandiosidade, com delírios de grandeza;

  • Redução da necessidade do sono;

  • Fala rápido, alto, difícil de interpretar. Gestos excessivos, pode ter fuga de ideias;

  • Hiper vigilância: distração com estímulos exteriores ao foco;

  • Impulso, fantasia e comportamento sexual aumentado;

  • Aumento da sociabilidade, sem se incomodar com a intrusão ou inadequação;

  • Agitação ou inquietação psicomotora.

  • Gastos excessivos,

  • Sexualidade exacerbada, sem censura.

Características da hipomania - são os sintomas de mania, porém mais leves. Existe uma mudança clara em relação ao padrão habitual do paciente, percebido por outras pessoas, mas não chega a causar um prejuízo acentuado de funcionamento social ou gerar hospitalizações. Mas, atenção: se tiver psicose é mania, e não hipomania.

Fatores ambientais e fatores genéticos também podem aumentar o risco de desenvolver o transtorno bipolar:

Fatores ambientais - o transtorno bipolar é mais frequente em países com pessoas com renda mais alta do que em países de mais baixa renda.

Fatores genéticos e fisiológicos - O histórico familiar de pessoas com transtorno bipolar é um dos fatores que mais influencia para o desenvolvimento da bipolaridade. Estima-se que o risco da doença acometer pessoas com algum histórico de bipolaridade na família é 10 vezes maior.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o transtorno bipolar acomete cerca de 140 milhões de pessoas no mundo. Estima-se que a prevalência global do transtorno bipolar seja de 1 a 2%. A doença afeta mais os jovens, sobretudo entre os 15 e 25 anos, mas pode ter um pico tardio entre 45 e 55 anos. O transtorno incide igualmente em homens e mulheres. 

O diagnóstico do transtorno afetivo bipolar é essencialmente clínico, baseado na história e no relato dos sintomas. Geralmente, a entrevista é feita com o próprio paciente, mas a participação dos amigos e familiares é importante, tanto para o diagnóstico quanto para o controle da doença. O acompanhamento especializado em lonho prazo é fundamental para a realização do diagnóstico correto. 

O transtorno bipolar é classificado em cinco tipos:

Transtorno bipolar tipo 1 - chamado de bipolar clássico, é aquele onde predomina a mania ou hipomania em relação à depressão. A idade de início é, em média, aos 18 anos. Mas pode se iniciar em fases mais tardias da vida.

Transtorno bipolar tipo 2 - ao contrário do tipo 1, o transtorno bipolar tipo 2 tem o predomínio da depressão em relação à hipomania. É comum a impulsividade, refletida em tentativas de suicídio e uso de substâncias que alteram a consciência. Se inicia em torno de 25 anos. Geralmente, começa por depressão, transtornos alimentares, transtorno de ansiedade e uso de substâncias. Não ocorrem sintomas psicóticos, que são causados pela mania.

Transtorno ciclotímico - é quando um paciente altera entre períodos de hipomania e depressivos, mas, não tem sintomas suficientes para caracterizar um diagnóstico. Não são alterações graves.

Transtorno bipolar induzido por substância ou medicamento - acontece após intoxicação ou abstinência de alguma substância ou exposição a algum medicamento que pode produzir os mesmos sintomas. Mas é preciso haver uma lógica entre causa e consequência, por exemplo: quando um paciente utiliza um analgésico e tem um episódio de mania, não há relação entre as duas coisas. Diferentemente de um episódio de mania em quem usou corticoides e anfetaminas, pois os dois eventos podem estar associados.

Transtorno bipolar devido a outra condição médica - é um período persistente de humor deprimido que é consequência de uma outra condição, por exempo: doença de Cushing, esclerose múltipla, AVC e lesões cerebrais traumáticas.

 

"O tratamento para pessoas que passam por esse transtorno tem dois eixos, um deles é o farmacológico que são remédios que irão ajudar a controlar o humor, estabilizadores, outro eixo é o psicoterápico ajuda a diminuir o risco de suídio" afirma o Doutor Eduardo Calmon de Moura. 

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