Mulheres de Mongaguá ampliam voz do município em conferências nacionais e estaduais

O protagonismo feminino, que se reflete na liderança da prefeita Cristina Wiazowski, a primeira mulher na história da cidade a ocupar o cargo, reforça a importância da representatividade feminina na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

Nesse movimento, três nomes se destacam: a psicóloga Renata Caroline, referência em saúde do trabalhador; a representante das casas de matriz africana e da Umbanda, Mãe Rosa, com três décadas dedicadas à igualdade racial; e a presidente da Comissão Municipal dos Direitos das Mulheres (CMDM), Geovana Lima, que atua na defesa dos direitos das mulheres. Elas estão levando a voz de Mongaguá a conferências estaduais e nacionais, colocando o município no centro de discussões decisivas para a implementação de iniciativas que beneficiem a população.

A participação dessas representantes não é apenas simbólica; ela reflete o compromisso de trazer soluções concretas e efetivas para os munícipes, mostrando que o empoderamento feminino é um motor de transformação social.

Saúde do trabalhador com foco na mente

A psicóloga e especialista em Neuropsicologia Renata Caroline de Souza Moraes, coordenadora técnica do Ambulatório de Saúde da APAE, representou Mongaguá na 5ª Conferência Estadual de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora e foi eleita delegada para a etapa nacional, realizada de 18 a 21 de agosto, em Brasília (DF) — um fato inédito para o município. Renata atuou nos eixos de Política Nacional e Novas Relações de Trabalho, defendendo políticas públicas abrangentes com foco na saúde mental, condições adequadas de trabalho e cargas horárias equilibradas.

"A Psicologia é uma ferramenta poderosa quando falamos em saúde do trabalhador. Precisamos pensar em condições adequadas para todos — CLT, estatutário, autônomo ou PJ. Políticas públicas devem enxergar também os pequenos comerciantes como trabalhadores e oferecer apoio real para sua prática no município", destacou Renata.

Luta de três décadas pela igualdade racial

Representante das casas de matriz africana e da Umbanda, Mãe Rosa, que há cerca de 30 anos atua na defesa da igualdade, participou da etapa estadual da conferência e foi eleita delegada para a 5ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CONAPIR), que acontece de 15 a 19 de setembro, em Brasília (DF). Ela irá representar Mongaguá na defesa de políticas públicas que promovam equidade, incluindo revisão de políticas no sistema carcerário, combate ao racismo estrutural e fortalecimento da liberdade religiosa.

"Representar Mongaguá significa levar a voz das pessoas que confiaram em mim. Estou há três décadas nessa luta e, embora as mudanças aconteçam a passos lentos, seguimos perseverando. Acredito que a conferência pode ajudar a transformar políticas públicas em instrumentos reais contra a desigualdade que assola nosso município e o país", afirmou Mãe Rosa.

Mais direitos e cuidado para as mulheres

A presidente da Comissão Municipal dos Direitos das Mulheres (CMDM), Geovana Lima, representou o município na etapa estadual, realizada de forma online, e foi eleita delegada para a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que acontecerá de 29 de setembro a 1º de outubro, em Brasília (DF). Geovana defende demandas urgentes das mulheres de Mongaguá, como segurança, saúde e capacitação com geração de renda. Com o apoio da gestão municipal, ela enfatizou a importância da escuta ativa e a criação de um centro de acolhimento voltado aos direitos humanos, fortalecendo políticas locais voltadas às mulheres.

"O que me motivou a participar foi o desejo de ampliar o acesso das mulheres de Mongaguá às políticas públicas. Quero implementar ações que promovam a escuta ativa e garantam cuidado real às nossas munícipes", disse Geovana. 

Um momento histórico de empoderamento

Essas participações refletem o momento histórico vivido por Mongaguá. Com uma prefeita à frente da gestão, o município demonstra que a presença feminina em espaços de decisão não será exceção ou coincidência, mas sim uma regra – um caminho contínuo de fortalecimento da representatividade e da construção coletiva de políticas públicas. É um ciclo virtuoso de empoderamento, onde uma mulher inspira e possibilita que outras ocupem espaços de poder e decisão.