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Horário de verão x crise hídrica

Fernando Paulino - Advogado

Fernando Paulino

09/09/2021 - quinta às 00h00

Dois anos após o presidente Jair Bolsonaro revogar o horário de verão, que existia no País desde 1931, o Governo Federal, por conta da crise hídrica ( baixos níveis dos reservatórios de hidrelétricas no Brasil), está estudando a possibilidade de colocar em prática alguma medida que faça com que as pessoas consumam energia fora do horário de pico. Ou seja: algo parecido ao horário de verão.
 
Desde o governo de Getúlio Vargas, durante todo o tempo que esteve em vigor, o horário de verão foi utilizado como uma maneira de economizar energia elétrica. Mas essa medida realmente funcionava? 
 
O horário de verão atingia o Distrito Federal e 10 estados, que tinham como obrigação adiantar em uma hora os relógios, na intenção de fazer com que o sol permanecesse até mais tarde, reduzindo assim o consumo de energia elétrica nos chamados horários de pico.
 
Isso fazia com que pudéssemos aproveitar melhor a luz do sol, economizando o consumo de energia com uma redução considerável.
 
Só 10 estados e o Distrito Federal? 
 
Estudos demonstram que o horário de verão é mais eficaz em regiões distantes da linha do Equador, motivo pelo qual só era aplicado nos estados mais ao sul do Brasil.
 
Certamente a medida do presidente Jair Bolsonaro não foi acertada, sendo a crise hídrica prova disso. 
 
Considerando apenas a economia de consumo de energia elétrica demonstrada nas contas de luz, a redução de valor não era muito visível. 
 
Porém, estudos apontam que os benefícios do horário de verão são de suma importância para o meio ambiente, já que reduz o consumo de água dos reservatórios das hidrelétricas, evitando assim uma crise hídrica como a que se inicia em nosso País.
 
Além disso, o horário de verão também seria o responsável por evitar a sobrecarga no sistema elétrico no horário de pico (entre 18h e 21h), reduzindo em mais de 4% a demanda durante esse período.
 
Esperamos que o Governo Federal tenha sucesso na adoção de novas medidas para sanar a questão envolvendo a crise hídrica, o que não aconteceu quando o presidente da República acabou com o horário de verão em 2019.

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