Domingo, 08 de Dezembro de 2024

DólarR$ 6,09

EuroR$ 6,42

Santos

23ºC

Brasil

Jornalista é morta a tiros pelo marido na noite de Réveillon

Discordância sobre a mudança do casal pode ter motivado o crime

Por Juliana Almirante, da Folhapress

03/01/2022 - segunda às 14h23

No momento do crime, os filhos de Juliana e Reges estavam em casa - Reprodução

O engenheiro Reges Amauri Krucinski, de 42 anos, foi preso em flagrante na noite de sexta-feira (31), na cidade de Porto Seguro (BA), suspeito de matar a esposa, a jornalista Juliana de Freitas Alves, de 41.
 
Até a tarde de segunda-feira. dia 3, o suspeito continuava detido na delegacia de Polícia Civil de Porto Seguro. De acordo com o delegado Marcus Vinícius, ele preferiu ficar em silêncio durante o interrogatório à polícia. O engenheiro ainda não apresentou advogado defesa, informou a corporação. A reportagem ligou na empresa onde o suspeito trabalha, mas ninguém quis comentar o caso.
 
Reges Krucinski foi preso pela PM (Polícia Militar), que foi chamada à residência do casal após o crime. "A PM recebeu informações, achou ele perto do portão de casa e foi dado o flagrante", disse o delegado. O suspeito ainda tentou se matar após ter sido preso, se debatendo nas grades da delegacia.
 
Na casa do casal, a polícia encontrou uma pistola calibre 380, um revólver 357, uma espingarda calibre 12, várias munições e um abafador de tiros.
"Ele praticava tiro esportivo. Tinha o registro e a documentação das armas", garantiu Marcus Vinícius.
 
Ainda de acordo com o delegado, o casal morava em Porto Seguro há menos de um mês. "Eles residiam em São Bernardo do Campo, em São Paulo. A princípio, havia discordância sobre a mudança e isso pode estar relacionado ao crime, mas ainda não podemos confirmar".
 
Segundo a Polícia Civil, o crime ocorreu antes dos festejos do Réveillon. No momento do crime, os filhos de Juliana e Reges estavam em casa. Um deles é um bebê. Juliana ainda era mãe de uma menina, de outro relacionamento, e Reges o pai de outra garota. Todas as crianças já estão com familiares.
 
De acordo com as investigações preliminares, Juliana foi morta com três ou quatro tiros. A Polícia Civil aguarda o laudo pericial para confirmar a quantidade de disparos. A princípio, a investigação trata o caso como feminicídio.
 
A reportagem entrou em contato com alguns familiares da vítima, que preferiram não se identificar, mas confirmaram o crime. Um deles informou que eles eram casados desde setembro de 2020. O sepultamento deve ocorrer no cemitério municipal de São Bernardo do Campo (SP), ainda sem data e horário para ocorrer.

Deixe a sua opinião

Leia Mais

ver todos

SUS

Saúde incorpora cinco procedimentos contra câncer de mama no SUS

SEGURANÇA

São Paulo receberá R$ 27 milhões para aquisição de câmeras corporais

JUSTIÇA

STF começa a julgar recurso de Bolsonaro contra Moraes em inquérito

2
Entre em nosso grupo