O vinil voltou com tudo

Em plena era do streaming, o vinil ganhou um novo significado como sinônimo de pausa, presença e conexão direta com a música. Uma forma de reencontro com algo especial.

E não são apenas os millennials e a geração Z que vêm impulsionando o crescimento. 46% da geração Alpha - os nascidos a partir de 2010 - também ouve música em formato físico. 

Mas, na verdade, para alguns o vinil nunca foi embora. Os amantes desses discos têm uma paixão eterna por eles. Estas são algumas razões que fazem o vinil se destacar tanto e estar tão em alta até entre os nativos digitais:

Primeiro, é o som analógico, que traz aconchego e calor humano, coisa que faz muita falta no digital. Outra é a experiência tátil de tirar o disco da capa, colocar no toca-discos e ouvir cada faixa, o que vira um ritual único.

Além disso, os discos de vinil são altamente colecionáveis, com capas e encartes que podem ser verdadeiras obras de arte. 

Mercado fonográfico 

De acordo com Luminate, plataforma de tendência, comportamento e entretenimento, o vinil já representa 60% do total de álbuns nos Estados Unidos.

E segundo a Key Production, empresa líder na produção de vinil na Europa, o número de pedidos de produção de vinil cresceu 50% entre janeiro e maio deste ano, em comparação com o mesmo período de 2024. Além disso, a quantidade média por encomenda aumentou 41%.

Já um levantamento feito em março deste ano pela Pró-Música Brasil, entidade que representa as principais gravadoras do mercado fonográfico brasileiro, aponta que, de todas as mídias físicas vendidas no país no ano passado, 76,4% foram de vinis.

Em São Paulo, as lojas especializadas, que se mantiveram resilientes, apesar do impacto da chegada do streaming, aproveitam o bom momento atual. Na capital paulista, também já existem muitos lugares onde a música vem de toca-discos. São bares que estão virando ponto de encontro para quem busca uma experiência de única de ouvir música de um vinil.