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O que é preciso para uma redação nota 1000 no ENEM?

Educador aponta quais as competências são avaliadas e como se preparar para escrever uma redação de nota máxima

Da Redação

30/09/2025 - terça às 09h00

O Enem avalia o desempenho escolar de estudantes ao término da educação básica e funciona como uma das principais portas de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sisu e de iniciativas como o Prouni - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Para milhares de estudantes brasileiros, a redação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é um dos maiores desafios e também a maior oportunidade. Conquistar a tão sonhada nota 1000 não é uma missão impossível, mas exige estratégia, conhecimento das competências e muita prática.

“A melhor forma de praticar na redação é por escrita e reescritas, faça redações anteriores, solicite a correção de um professor e reescreva observando seus erros, o volume de redações é o segredo para buscar a nota máxima”, explica o diretor-pedagógico do Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio da Rede Alfa CEM Bilíngue, Rafael Galvão.

O educador ressalta que para garantir a clareza e a coesão exigidas em uma redação nota máxima no ENEM, o estudante precisa, antes de tudo, respeitar a estrutura clássica do texto dissertativo-argumentativo: introdução, desenvolvimento e conclusão.

“Na introdução, é fundamental apresentar o tema de forma objetiva e denunciar o problema que será discutido ao longo do texto. Eu costumo orientar que seja feita também a apresentação da tese, ou seja, qual será a posição adotada e os principais argumentos que serão desenvolvidos”, aponta Galvão.

Após isso, o desenvolvimento da redação é o momento de separar os argumentos em, pelo menos, dois parágrafos, cada um iniciando com uma frase tópico que indique a ideia central daquele trecho. 

“Em seguida, o estudante deve aprofundar o argumento, utilizando exemplos, dados, explicações e conectivos adequados para ligar as ideias – expressões como ‘além disso’, ‘por conseguinte’, ‘no entanto’, são muito importantes para garantir a fluidez e o encadeamento lógico”, explica ele.

Por fim, a conclusão deve necessariamente retomar a tese, defendida desde a introdução, e, principalmente, apresentar uma proposta de intervenção detalhada, que responda 'o que será feito', 'como', 'por quem' e 'com qual objetivo', sempre respeitando os direitos humanos, como demanda o ENEM.

“Além dessa estrutura, considero indispensável revisar o texto, buscar frases claras, evitar repetições e manter o vocabulário adequado ao contexto formal. Assim, o texto se torna não só claro, mas também coeso e bem articulado, características avaliadas na redação da prova”, comenta o educador.

Dicas para se sair bem na redação

O diretor pedagógico lista algumas dicas que podem fazer a diferença na hora de escrever a redação para a prova.

Leia redações nota 1000: Analise os modelos de redações que alcançaram a nota máxima em anos anteriores. Observe a estrutura, o uso de repertório, a coesão e a clareza da proposta de intervenção.

Mantenha-se atualizado: Acompanhe as notícias, leia jornais, revistas e portais de confiança. Isso te dará repertório para qualquer tema.

Treine regularmente: Escreva redações sobre temas diversos, cronometrando o tempo. Peça para alguém experiente corrigir seus textos com base nas competências do ENEM.

Faça um bom projeto de texto: Antes de começar a escrever, organize suas ideias em um rascunho. Isso evita fugas do tema e garante a coerência.

Use conectivos variados: Tenha uma lista de conectivos à mão e pratique utilizá-los de forma diversificada para garantir a coesão.

Gerencie seu tempo: Reserve pelo menos 1 hora para a redação durante a prova. Divida esse tempo entre leitura da proposta, planejamento, escrita e revisão.

Revise com atenção: Erros bobos de português podem te custar pontos preciosos na Competência 1. Leia seu texto duas vezes: uma para a gramática e outra para a coerência e coesão.

Quais as competências avaliadas no ENEM?

A avaliação da redação é dividida em cinco competências, cada uma valendo 200 pontos. "Para zerar cada uma das competências, o estudante precisa não apenas dominar o tema, mas também a língua portuguesa, a capacidade argumentativa e propor soluções concretas para os problemas sociais", explica o diretor-pedagógico.

Entenda cada uma das competências:

Competência 1: Demonstrar domínio da norma culta da língua portuguesa na produção escrita.

Competência 2: Compreender corretamente a proposta de redação, utilizando conhecimentos de diferentes áreas para desenvolver o tema adequadamente, seguindo a estrutura do texto dissertativo-argumentativo.

Competência 3: Selecionar, organizar e interpretar corretamente informações, fatos, opiniões e argumentos para sustentar um ponto de vista.

Competência 4: Utilizar de forma adequada os recursos linguísticos necessários para construir a argumentação, assegurando coesão e coerência no texto.

Competência 5: Apresentar uma proposta de intervenção relevante e detalhada para o problema abordado, sempre respeitando os direitos humanos.

“Em âmbito geral a competência que mais se perde pontos é a competência 2, pois a maior parte dos estudantes tem dificuldade de entender a proposta da redação, já para os alunos bem preparados, a competência onde geralmente se perde pontos é a competência 1, norma culta da língua portuguesa, onde se descontam pontos de ortografia e pontuação. Essas duas competências são os maiores pontos de atenção que todo estudante deve ter”, finaliza Galvão.

 

 

Fernanda Fernandes da Cruz

 

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