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CULTURA

Formação revela impacto econômico da cultura popular na Baixada e Vale do Ribeira

No dia 26 de julho, a Biblioteca Municipal de Peruíbe acolheu mais de 30 fazedores de cultura dos municípios de Registro, Itanhaém, Mongaguá, Pedro de Toledo e Peruíbe

Da Redação

29/07/2025 - terça às 17h00

A ação criada e articulada pelas Agentes Territoriais de Cultura, Fabi Nascimento e Pamela Cabral teve como objetivo debater sobre a necessidade de levantar indicadores do setor na região. "Em nossa formação de agentes, identificamos essa carência em indicadores que respaldam os impactos econômicos e sociais das ações culturais.


Não é um problema apenas da Baixada Santista e Vale do Ribeira, a maioria dos municípios do Estado de São
Paulo não possuem estruturas administrativas para tratar a cultura como ela é: direito do cidadão e dever do Estado. Além disso, é um setor estratégico de desenvolvimento. A cada 1 real que foi investido na Lei Paulo Gustavo, tivemos um retorno de 6,51 segundo os dados do Ministério da Cultura (MinC)" explica Fabi Nascimento.


A partir dos grupos diversos que se encontraram, foi possível registrar uma grande produção e circulação de serviços e produtos gerados pelos participantes. Uma produção que encontra desafios mas tem mantido e desenvolvido ações contínuas de circulação de artes e culturas.


As agentes avaliaram que a sociedade civil, tem buscado profissionalização e criado redes de colaboração para manterem as atividades. No entanto, suas principais fontes de recursos ainda são políticas de fomento federais, já que os orçamentos municipais estão defasados. "No estado de São Paulo, o orçamento para
cultura é de 0,34%, e a nível federal é de 1% " segundo dados apresentados por Cassiane
Tomilhero, diretora de Políticas Culturais de Peruibe.Um contraste significativo com a contribuição da cultura para o PIB do Estado de São Paulo, que é de 3,14% ( Observatório da Cultura Fundação Itaú Cultural).


O encontro também revelou a diversidade dos fazedores de cultura, Mais de 63% dos participantes se autodeclaram pretos, pardos e indígenas. A juventude esteve presente bem como fazedores da cultura lgbt e DEF. A cultura é um segmento acessível para os grupos que em outros setores ainda não tem acolhimento.


Entre os grupos presentes, o Ponto de Cultura Trinca de Azes de Mongaguá encerrou a atividade com uma pequena apresentação de samba de roda tradicional. Um resgate que invadiu os presentes e retomou uma
memória de beleza, profundamente ligada aos povos que habitam a região. "A cultura na nossa região é uma fonte de desenvolvimento. A partir dos nossos saberes e fazeres, criamos produtos que geram retorno financeiro para nossa comunidade ter autonomia de maneira autogerida, sem necessidade de prejudicarmos o meio ambiente ou depender de pessoas de fora" avalia a agente Pamela Cabral, do quilombo Peropava, no
município de Registro.


O Programa Nacional dos Comitês de Cultura, que coordena a formação de Agentes Territoriais de Cultura, tem promovido ações de mobilização por políticas culturais, mapeamento e divulgação das ações nos territórios, com 92 agentes no Estado de São Paulo.


As ações têm gerado avanços, como a adesão dos municípios a única política nacional de fomento à cultura, a Política Nacional Aldir Blanc(PNAB), que teve adesão de 93% dos municípios do país, segundo o Painel de Dados de Monitoramento da PNAB.

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