TEATRO
A Cia Teatral ENERGÓS apresenta LABIRINTHOS 2.5, a nova versão do seu espetáculo sobre o mito do Minotauro no FESTA, em 04 de setembro, às 20h.
Da Redação
04/09/2025 - quinta às 11h30
Com dramaturgia inédita do escritor João Anzanello Carrascoza a partir de fragmentos de duas tragédias perdidas de Eurípedes (os textos Theseus e Kretes), traduzidas e encenadas pela primeira vez no Brasil, a nova versão foi revisitada pela equipe criativa, que incorporou uma cena inédita e atualizou aspectos cênicos e narrativos da montagem.
Um mito antigo, questões atuais
Inspirado no mito do Minotauro, LABIRINTHOS 2.5 entrelaça o teatro trágico grego com temas contemporâneos como a disputa pelo poder, os jogos de dominação e o confronto do indivíduo e da sociedade com sua sombra. O espetáculo convida o público a mergulhar em uma experiência estética que une coro, música ao vivo e fisicalidade, tudo permeado por um trabalho de voz e corpo ancorado na tragédia.
Histórico
Em 2022, LABIRINTHOS fez temporada no TUSP (Teatro da USP, Maria Antônia) e apresentou-se no Teatro Paulo Eiró, Teatro Alfredo Mesquita e Teatro Arthur Azevedo. Em 2023, o espetáculo integrou a programação oficial da Virada Cultural SP, a convite da Secretaria Municipal de Cultura.
LABIRINTHOS foi destaque no portal e-Urbanidade, figurando entre os melhores espetáculos do ano de 2022 nas categorias Melhor Espetáculo, Melhor Direção, Melhor Direção Musical, Melhor Cenografia, Melhor Figurino e Melhor Atriz Coadjuvante. Lista completa aqui
SINOPSE
O rei está morto!
Ao disputar o trono de Creta, Minos recebe de Poseidon, deus dos mares, um sinal de confirmação: um touro branco vindo do mar que deverá ser sacrificado em agradecimento. Minos assume o poder, mas não cumpre a promessa: não realiza o sacrifício. Furioso, Poseidon lança um castigo sobre o mortal: faz com que sua esposa, Pasífae, enlouqueça, se apaixone pelo touro e engravide do animal. Nasce, então, o Minotauro — criatura metade homem, metade touro — que ao ser encarcerado em um labirinto, passa a ser usado como instrumento de terror pelo rei Minos.
Um mito em que as personagens são movidas por seus desejos e suas sombras. Uma narrativa sobre a passagem do poder — da Velha para Nova Ordem.
Coro e música como força dramatúrgica
O espetáculo dá protagonismo ao coro trágico, que assume a condução narrativa, assumindo as vozes do mito. A paisagem sonora atravessa toda a encenação e é criada por texturas vocais da fala e do canto, com trechos em português e grego. Toda a música é executada ao vivo pelos atores, com destaque para instrumentos como adufes (instrumento de percussão ibérica de origem milenar), violino e uma original orquestra de aquários.
FICHA TÉCNICA
Direção e Iluminação: Leonardo Antunes
Dramaturgia: João Anzanello Carrascoza
Direção Musical: Jean Pierre Kaletrianos e Leonardo Antunes
Cenografia: Leonardo Antunes e Márcia Moon
Figurinos: Miko Hashimoto
Atores: Elaine Alves, Gustavo Andersen, Gustavo Xella, Heidi Monezzi, Isabela Bustamanti, Jean Pierre Kaletrianos, Leonardo Antunes e Pedro Ferreira
Preparação Corporal: Leonardo Antunes
Preparação Vocal: Jean Pierre Kaletrianos e Leonardo Antunes
Treinamento Musical (aquários): Giovana Barros e Pax Bittar / Orquestra de Objetos Desinventados
Treinamento Musical (percussão - adufe): Valéria Zeidan
Treinamento Corporal (danças brasileiras): Vera Athayde
Treinamento Corporal (kempô e contato-improvisação): Ciro Godoy e Mavutsinim Santana
Cenotécnico: Lucas Barros e Márcio Dias (Espirro)
Adereços: Fernando Fedora
Maquiagem: Claudinei Hidalgo
Assistência de Iluminação: Guilherme Soares e Victor Isidro (Vicc)
Fotos: Júlia Gama, João Maria e Bruna Massarelli
Assessoria de Imprensa: Adriana Monteiro
Programação Visual: Cláudio Novaes
Design Gráfico: Elaine Alves
A Cia Teatral ENERGÓS dedica-se ao trágico e ao mítico na cena, por meio da investigação das potencialidades do coro, junto a um intenso treinamento corporal-vocal que visa ampliar a presença cênica do ator.
Jean Pierre Kaletrianos e Leonardo Antunes conheceram-se em 2008 quando trabalharam juntos na Cia Teatro Balagan. Ambos foram atores-pesquisadores de Prometheus – A Tragédia do Fogo (dir.: Maria Thais), espetáculo a partir do mito de Prometeu que estreou em 2011, fez várias temporadas em São Paulo e percorreu diversos estados brasileiros. Por este espetáculo, Jean Pierre Kaletrianos foi indicado ao prêmio Shell de teatro na categoria especial pela preparação vocal. Em 2016, Leonardo Antunes, motivado pela pesquisa do trágico, fez uma residência artística no Attis Theater (Atenas, Grécia), companhia do diretor Theodoros Terzopoulos. Desde então, a dupla de artistas desenvolve sua pesquisa a partir dos fragmentos de tragédias de Eurípedes, e em 2019 ofereceram dois cursos sobre o tema: um na Oficina Cultural Oswald de Andrade e outro na SP Escola de Teatro. A partir dos encontros, formou-se a Cia Teatral ENERGÓS.
Em janeiro de 2020, a Cia Teatral ENERGÓS é convidada a compor o Núcleo de Teatro da Areté - Centro de Estudos Helênicos.
O primeiro espetáculo da Cia, CRETENSES, realizado no período da pandemia, já abordava fragmentos de tragédias perdidas de Eurípedes. CRETENSES realizou duas temporadas: no canal online do CCSP (Centro Cultural São Paulo) e na plataforma Sympla; além de apresentações em canais de bibliotecas do município de São Paulo.
LINKS
Instagram: @ciaenergos
Facebook: /ciaenergos
Site: https://ciaenergos.com.br
YouTube: https://www.youtube.com/@ciateatralenergos
Santos (FESTA – Festival Santista de Teatro)
Apresentação: 4 de setembro, 20h
Teatro Municipal Brás Cubas - Endereço: Centro Cultural Patrícia Galvão - Avenida Senador Pinheiro Machado, 48, Vila Mathias, Santos - SP, CEP 11075-907
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