CONTEÚDO ESPECIAL
Trilogia que previu o futuro completa 40 anos e segue acelerando a 88 mph na cultura pop
Robson de Castro
31/10/2025 - sexta às 12h00
 
					
					
Quarenta anos atrás, um DeLorean prateado atravessou as telas dos cinemas americanos e, com 1,21 gigawatts de pura eletricidade, mudou para sempre a cultura pop. De Volta para o Futuro, dirigido por Robert Zemeckis e produzido por Steven Spielberg, não era apenas um filme de ficção científica — era um portal. E, ao longo de três longas, ele levou milhões de espectadores de 1985 a 1955, de 2015 a 1885, e de volta, sem nunca perder o fôlego.
A jornada começou com Marty McFly (Michael J. Fox), um adolescente de jaqueta jeans e tênis vermelho que, por acidente, viaja no tempo dentro do carro inventado pelo excêntrico Dr. Emmett “Doc” Brown (Christopher Lloyd). Para voltar ao presente, Marty precisava fazer seus pais se apaixonarem no baile de 1955 — e, de quebra, evitar que o valentão Biff Tannen (Thomas F. Wilson) destruísse sua família. O filme custou US$ 19 milhões e arrecadou US$ 381 milhões só no primeiro ano, tornando-se a maior bilheteria de 1985.
Quatro anos depois, em 22 de novembro de 1989, veio a Parte II. Desta vez, Marty e Doc vão ao futuro: 21 de outubro de 2015. Hoverboards, tênis que se amarram sozinhos, chamadas de vídeo em telas grandes — o filme acertou tanto que, quando a data real chegou, o mundo inteiro comemorou o “Back to the Future Day”. Mas a trama dá uma guinada sombria quando o velho Biff rouba um almanaque esportivo e cria uma linha do tempo alternativa, onde ele é um magnata do crime e Hill Valley virou um cassino infernal. Para consertar tudo, Marty e Doc precisam voltar… ao próprio Parte I. Sim, eles se encontram com eles mesmos. E sim, funciona perfeitamente.
A trilogia fecha em 25 de maio de 1990 com a Parte III, um faroeste inesperado. Doc fica preso em 1885, apaixonado pela professora Clara Clayton (Mary Steenburgen), e Marty vai resgatá-lo — sem gasolina. A solução? Empurrar o DeLorean com uma locomotiva a vapor até 88 mph. Filmado em Monument Valley, o terceiro filme trocou efeitos digitais por explosões reais: a cena do trem explodindo usou 35 kg de C4. O resultado? Um final emocionante, com Doc voando para o futuro em um trem do tempo e deixando para Marty a lição que ecoa até hoje: “O futuro é o que você faz dele.”
Juntos, os três filmes custaram US$ 99 milhões e faturaram quase US$ 1 bilhão - números impressionantes para a época. Mas o impacto vai muito além das bilheterias.
O DeLorean DMC-12, veículo de uma empresa automobilística que estava falida antes do filme, virou ícone. Hoje, unidades restauradas valem até US$ 100 mil. O Nike Air Mag com cadarços automáticos, mostrado em 2015 no Parte II, foi lançado de verdade em 2016 — e esgotou em minutos. A frase “Great Scott!” já foi dita em mais de 1,2 milhão de posts no X. E o musical da Broadway, que estreou em 2023, usa um DeLorean com 12 motores hidráulicos que realmente voa sobre a plateia.
Em 2007, o primeiro filme entrou para o National Film Registry da Biblioteca do Congresso dos EUA. Em 2015, a Nike doou 1.500 pares do Air Mag para a fundação de Michael J. Fox, que luta contra o Parkinson — doença diagnosticada no ator em 1991. Até hoje, a comunidade BTTF já ajudou a arrecadar mais de US$ 2 bilhões para pesquisa.
Quarenta anos depois, a trilogia permanece impecável: 342 minutos, 7 DeLoreans usados nas filmagens (três destruídos), zero furos na linha do tempo. Zemeckis e Bob Gale criaram uma regra simples: o tempo é maleável, mas a família é fixa. E isso bastou.
Como disse Doc Brown: “Onde estamos indo, não precisamos de estradas.”
Mas, graças a De Volta para o Futuro, a estrada para o futuro nunca foi tão divertida — nem tão real.
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