Caetano Veloso, aos 83, reafirma sua genialidade e irreverência na música brasileira

Caetano Veloso comemora 83 anos com a mesma energia que marcou sua entrada na música brasileira nas décadas de 1960 e 70. Ícone do Tropicalismo, cantor, compositor, pensador e figura central na cultura nacional, ele segue sendo reverenciado por amigos, colegas e fãs.

Em sua homenagem de aniversário, Paula Lavigne, companheira de vida e parceira artística, escreveu com carinho: “Papito, muita saúde e paz! Te amo”. Gilberto Gil também compartilhou sua admiração e memória afetiva com um simples e afetivo “Mais um ano de amor e amizade”. A cantora Maria Gadú celebrou: “Que honra estar num Brasil que tem você!”. Em tom espirituoso e sem modéstia, Caetano retribuiu com uma frase que já virou manchete: “Tem muita gente que tem problema com a gente, de música popular, porque a gente é foda. A verdade é essa! Chico Buarque é foda, eu sou foda, Milton Nascimento é foda, Gilberto Gil é foda. Djavan é foda.”

Natural de Santo Amaro, no Recôncavo Baiano, Caetano mantém forte ligação com suas origens. Parte da sua trajetória está preservada no Solar Paraíso, onde o público pode encontrar rascunhos de composições, cartas do exílio, fotografias e roupas históricas de apresentações dos anos 60. Esse espaço reforça a importância da memória e do vínculo com a terra natal em sua vida e obra.

Entre os muitos artistas que reverenciam Caetano, o cantor Leoni resumiu: “Ele ocupa tantos espaços na cultura brasileira... ele deve ser um norte, ou um Nordeste, para os artistas brasileiros.” Já o músico Vinícius Cantuária, que tocou com ele nos anos 80, lembra com carinho de um show em Recife em que o público interrompeu a apresentação para cantar parabéns: “Para Caetano, nada mudou! Continua a mesma pessoa, o mesmo artista incrível.”

Caetano Veloso segue provocando, encantando e reinventando. Seus discos recentes continuam sendo celebrados, sua presença nas redes sociais é marcada por lucidez e bom humor, e sua trajetória continua a influenciar novos talentos. Aos 83 anos, ele não é apenas um nome da música brasileira — é um capítulo inteiro da sua história.