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A BAIXADA SANTISTA É O ASSUNTO

Secretário descarta fechamento do Complexo Hospitalar da Zona Noroeste

Falta de servidores, não pagamento de horas extras e necessidade de reformas foram alguns dos problemas da unidade citados em audiência pública feita ontem na Câmara de Santos

Sandro Thadeu

14/08/2025 - quinta às 02h20

Sem mudanças
O secretário de Saúde de Santos, Fábio Lopez (PSB), garantiu ontem ao vereador e presidente da Comissão de Saúde da Câmara, Marcos Caseiro (PT), que o Complexo Hospitalar da Zona Noroeste não será fechado, nem terá a gestão transferida para uma organização social (OS). A informação foi divulgada pelo parlamentar, na noite de ontem, durante a audiência pública para discutir a situação dessa unidade.

Juntos em prol dos santistas
A reunião foi motivada após o legislador Sérgio Santana (PL) ter recebido, no final de junho, a informação de que leitos desse equipamento público estavam sendo fechados. Ele participou da atividade de ontem ao lado de Caseiro, apesar de PT e PL estarem em campos ideológicos diferentes. "Estamos aqui em uma discussão para que a gente tenha uma saúde melhor na Cidade àqueles que precisam e propicie melhores condições de trabalho aos servidores", disse.

Desrespeito ao público
Lopez não compareceu à audiência pública, mas foi representado pela assessora Paula Covas. O diretor do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindserv) Flávio Saraiva não poupou críticas ao titular da pasta e citou que a atitude do secretário representa um desrespeito aos santistas. "Quem tem o poder de tomar decisões sobre as políticas de saúde são o secretário e o prefeito, mas nenhum deles está aqui. Isso é uma avacalhação!", frisou.

Problemas de sobra
Durante a atividade, Caseiro exibiu imagens que mostram a deterioração do prédio, como paredes com mofo, infiltrações e rachaduras, e mencionou o deficit de servidores. Alguns trabalhadores também se manifestaram para reclamar do atraso no pagamento de horas extras feitas no ano passado e das promessas não cumpridas de reformas no local.

Diálogo permanente
Paula assumiu o compromisso de levar ao secretário as reivindicações e deixou claro que pretende manter um diálogo permanente com o Legislativo, buscando resolver os problemas. Além disso, a representante da pasta mencionou que estão programadas três reformas pontuais, mas há um plano para uma grande reforma do prédio. Ela acrescentou que está sendo feito um alinhamento com o setor de Recursos Humanos da Prefeitura para fazer um chamamento planejado de servidores para a rede municipal.

Meta estabelecida
O secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, esteve ontem, em Santos, onde participou da 3ª Oficina de Regionalização da Saúde para discutir as prioridades desse setor na Baixada Santista e no Vale do Ribeira. Durante o evento, o titular da pasta afirmou que, em novembro, serão inaugurados os hospitais de Bertioga e de Peruíbe, assim como o Complexo Materno-Infantil de São Vicente. Juntas, as unidades terão cerca de 200 leitos.

Pensando no futuro
Paiva revelou, ainda, que está em tratativas com a Prefeitura de Praia Grande para repactuar o convênio com o Hospital Irmã Dulce, que possui 251 leitos, sendo 66 custeados com recursos estaduais. O objetivo dessa medida é ampliar o número de vagas de internação para cirurgia geral, oncologia e ortopedia.

Repúdio
A instalação de pedágios nas rodovias Padre Manoel da Nóbrega e Rio-Santos está gerando muitas reclamações entre os moradores dos municípios da Baixada Santista. Diante desse sentimento de insatisfação da população, o vereador de Praia Grande Cadu Barbosa (PRD) apresentou, na última terça-feira, uma moção de repúdio ao Governo do Estado por autorizar a cobrança de tarifa aos motoristas que trafegarem por essas estradas.

Obra esquecida
O parlamentar Emerson Camargo (PSD) relembrou que o governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) esteve na Cidade para fazer campanha, em 2022. Um dos compromissos era tirar do papel a duplicação do viaduto da Curva do S. "Sou de direita, mas não de extrema-direita. Acho que esse governador ainda precisa cumprir as promessas feitas para ter essa credibilidade. Ele terá que refinar esse discurso, caso queira disputar a reeleição", desabafou.

Solidariedade partidária
Paulo Monteiro, que faz parte do partido de Tarcísio, foi o único integrante da Casa de Leis que se manifestou contrário ao documento elaborado por Cadu, o atual presidente da União dos Vereadores da Baixada Santista (Uvebs).

Cobrança necessária
O presidente do Legislativo, Marco Antônio de Sousa, o Marquinho (MDB), entende que os prefeitos e os deputados ligados à região deveriam ter uma postura mais incisiva contra a instalação de pedágios nas rodovias que cortam a Baixada Santista. "Está todo mundo mudo e calado. Está faltando gritar um pouquinho", lamentou.

Debate adiado
A Câmara de Guarujá decidiu adiar para a sessão da próxima terça-feira a discussão e votação da proposta do Executivo que pretende revogar a Lei 4.385/2017, que determinou a padronização da pintura dos equipamentos públicos municipais de azul-marinho e branco, as cores oficiais do Município. O pedido de adiamento partiu do líder do Governo, Edilson Dias (PT).

Modelo inflexível
Em mensagem enviada aos vereadores, o prefeito Farid Madi (Pode) argumentou que a imposição atual é incompatível com a necessidade de identidade visual de alguns serviços públicos, como, por exemplo, a Casa Rosa, que é uma unidade de saúde voltada a pacientes femininas. "A norma vigente compromete a visibilidade, o reconhecimento e a efetividade de políticas públicas que requerem diferenciação e simbolismo para promover acolhimento, identidade comunitária e comunicação acessível", justificou.

Volta ao passado
O autor da legislação é o ex-vereador Raphael Vitiello (PRD), que estranhou essa iniciativa do atual gestor. Ambos se enfrentaram na disputa pelo segundo turno nas últimas eleições. Na avaliação do ex-parlamentar, o chefe do Executivo poderia fazer adequações na norma vigente, sem a necessidade de extingui-la. "Guarujá precisa avançar, mas ações como essa nos fazem retornar administrações passadas onde símbolos e cores serviam apenas para satisfazer egos, independente do custo que isso traria à Municipalidade", ressaltou.

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