PSDB aprova fusão com o Podemos. União Brasil e PP formalizam federação

Preparativos para 2026
O cenário político em Brasília foi movimentado ontem por dois desdobramentos relevantes com impactos diretos nas eleições de 2026. O primeiro foi a aprovação unânime da Executiva Nacional do PSDB para iniciar oficialmente o processo de fusão com o Podemos. O segundo foi o anúncio, na Câmara dos Deputados, da formação de uma federação partidária entre União Brasil e PP, batizada de União Progressista.

Fim de uma era
O termo correto dessa união envolvendo PSDB e Podemos seria incorporação, pois os tucanos serão absorvidos pela outra sigla e o tradicional número 45 deverá ser abandonado.  A convenção nacional do PSDB que vai deliberar sobre a adoção do estatuto e do programa do Podemos está marcada para 5 de junho. 

Alternativa para o País
Sob a presidência da deputada federal Renata Abreu, o Podemos celebrou essa soma de forças em torno de propósitos e valores que colocam o interesse público acima de disputas ideológicas e extremismos. "Essa sinalização fortalece o caminho que já vínhamos construindo, pautado pelo diálogo, respeito mútuo e pela busca de uma alternativa sólida para o Brasil — uma alternativa que una forças comprometidas com o centro democrático, a estabilidade institucional e o desenvolvimento sustentável do país", destacou.

Risco de extinção
O PSDB fez esse movimento devido ao risco de não atingir a cláusula de barreira, que será mais rígida nas eleições do próximo ano. Partidos e federações que não alcançarem os índices mínimos perdem acesso ao tempo de rádio e TV e ao financiamento público. Em 2026, será necessário conquistar 2,5% dos votos válidos para a Câmara em um terço das unidades da federação, com um mínimo de 1,5% dos votos válidos em cada uma delas ou eleger, ao menos, 13 parlamentares em nove estados. Atualmente, a legenda tem 13 deputados em oito unidades da federação. Um deles é o ex-prefeito de Santos Paulo Alexandre Barbosa.

Na liderança
Com 109 legisladores, a União Progressista terá a maior bancada da Câmara Federal, superando o PL, que conta com 91. No Senado, a nova federação terá 14 parlamentares, igualando-se a PSD e PL. Durante a oficialização dessa parceria, foi lançado o manifesto "Por um Choque de Prosperidade e pela Modernização do Estado”, que defende algumas propostas, como o equilíbrio das contas públicas, a realização de uma reforma administrativa e a implementação de ações no campo econômico e regulatório para aumentar a competitividade do País. 

Situação inusitada
Esse casamento de quatro anos entre União Brasil e PP gera uma situação inusitada nas eleições suplementares de Mongaguá, que estão marcadas para o dia 8 de junho. Cada sigla terá um candidato ao Executivo: Cristina Wiazowski (PP) e Rodrigo Casa Branca (União). Resta saber como vai se dar essa composição de forças após o pleito. 

Plenária esvaziada
Realizada ontem em Cubatão, a reunião do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) teve a participação de apenas três dos nove prefeitos da região: o anfitrião Cesar Nascimento (PSD), Felipe Bernardo (PSD - Peruíbe) e Luiz Berbiz de Oliveira, o Tubarão (União, que está interinamente no comando de Mongaguá).

Família em primeiro lugar
O presidente do colegiado e chefe do Executivo de São Vicente, Kayo Amado (Pode), não compareceu à plenária, justificando a ausência por acompanhar a esposa Thaynã, grávida da primeira filha do casal. Os trabalhos foram conduzidos pelo vice-presidente do Condesb e subsecretário de Estado de Desenvolvimento Urbano, José Police Neto.

Ofensa a Lula
Durante a sessão da Câmara de Itanhaém da última segunda-feira, o vereador Arlindo Martins (Republicanos) afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deveria encaminhar mais verbas para o Município em resposta ao público que estava presente nas galerias. "Esse presidente precisa mandar mais, mais e mais (recursos). Pelo tanto que ele rouba, precisa mandar mais para Itanhaém", disse.

Repúdio
O PT de Itanhaém divulgou ontem uma nota de repúdio contra o parlamentar em razão das ofensas graves e infundadas ao petista e espera que o legislador faça uma retratação pública. "O presidente Lula teve todos os seus processos anulados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), justamente por terem vícios de origem e por estarem claramente contaminados por motivações políticas. As acusações que lhe foram dirigidas não apenas carecem de fundamento jurídico como já foram desconstituídas pela mais alta instância do Judiciário brasileiro", justificou.

Quebra de decoro
O presidente em exercício da legenda na Cidade, Áureo Bacelar, afirmou à coluna que o Instituto Lula e as esferas partidárias já foram acionadas. A sigla também deverá acionar o Ministério Público e apresentar uma representação no Legislativo contra o vereador por quebra de decoro parlamentar pelas acusações levianas de crimes cometidos por Lula sem qualquer comprovação judicial.