Presidente do Conselho de Habitação é contra criação de secretaria para o setor

Medida inócua
O prefeito Regional da Zona Noroeste de Santos e presidente do Conselho Municipal de Habitação, Marcelo Ignácio, é contrário à criação da Secretaria Municipal de Habitação. A declaração foi feita na noite de ontem, durante a audiência pública promovida pela Câmara  para discutir os projetos de lei de diretrizes orçamentárias (PLDO) de 2026 e do Plano Plurianual (PLOA) 2026-2029.

Caminho certo
"Não vejo prejuízo para o munícipe a inexistência de uma secretaria, pois já temos a Companhia de Habitação da Baixada Santista (Cohab Santista). Há inúmeros empreendimentos de habitação de interesse social que estão para serem entregues", ressaltou ele, que já foi diretor dessa empresa de economia mista, cujo maior acionista é a Prefeitura de Santos. A fala foi uma resposta ao posicionamento de representantes da organização da sociedade civil (OSC) Consciência pela Cidadania (Concidadania), que defenderam a criação dessa pasta para planejar e executar uma política habitacional estruturada para o Município. 

Problema gravíssimo
Ex-secretária municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, a arquiteta e urbanista Lenimar Rios reiterou que Santos tem um problema de habitação "gravíssimo" e que a maior parte da produção de moradias não é voltada para a população que mais necessita. "A gente precisa ter clareza nesse plano. Não basta apenas construir novas unidades. É necessário ter uma pluralidade de ações que não é executada pelo Município. Temos uma política habitacional fraca", disse.

Ponderação
O secretário de Governo, Fábio Ferraz, explicou que a Cohab Santista já executa as políticas de habitação no Município e fez algumas ressalvas sobre a proposta defendida pelos integrantes da Concidadania. "Podemos e devemos fazer essa discussão. Será que vale a pena a gente deixar de ter a Cohab para ter uma secretaria de Habitação? Pode ser. Mas o que certamente acontecerá, se fizermos essa opção, é termos dois corpos para executar tarefas muito parecidas, gerando ônus para o Município. Haverá aumento de gastos na parte burocrática e não na implementação da política habitacional", justificou. 

Clima de eleição no ar
O prefeito interino de Mongaguá, Luiz Berbiz de Oliveira, o Tubarão (União), exonerou ontem Eduardo Mennucci do cargo de secretário de Turismo. Filiado ao PSB, o ex-titular da pasta afirmou que a demissão foi motivada por sua decisão de apoiar a candidatura de Rodrigo Casa Branca (União) ao Executivo, rival de Cristina Wiazowski (PP), apoiada pelo atual gestor municipal.

Salada mista
Na noite de ontem, a convenção do PP ratificou o nome dela para concorrer à Prefeitura, tendo Júlio da Imobiliária (PDT) como vice. Realizado no Clube Itapoã, o evento teve a participação do presidente paulista da sigla, o deputado federal Maurício Neves, e de quatro parlamentares estaduais: Paulo Corrêa Júnior (PSD), Capitão Telhada (PP), Rafael Saraiva (União) e Rômulo Fernandes (PT). O ex-vereador de Praia Grande e irmão do ex-presidente Jair Bolsonaro, Renato Bolsonaro (PL), também esteve presente.

Infidelidade partidária
Assim como Tubarão, o prefeito de Bertioga, Marcelo Vilares (União), não quis apoiar o colega de partido na disputa pelo Executivo de Mongaguá e fez questão de estar ontem ao lado de Cristina. O gestor de Peruíbe, Felipe Bernardo (PSD), o ex-prefeito de Bertioga Mauro Orlandini e diversos vereadores de Guarujá, Mongaguá, Praia Grande e São Vicente também prestigiaram a convenção do PP. 

Frente definida
A candidatura de Casa Branca à Prefeitura de Mongaguá será oficializada hoje, às 19 horas, na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Sirana Koukdjian (Avenida Marina, 1307, Jardim Marina). O advogado e ex-vereador Renato Donato (PSB) ficará como vice na chapa. O PMB, que lançaria ao Executivo Márcia das Dores Silva, a Dra. Márcia, decidiu se juntar ao grupo.

Greve em Cubatão
Em assembleia realizada na noite de ontem, os professores da rede municipal de Cubatão rejeitaram a proposta de reajuste salarial e nos benefícios apresentada pela Prefeitura e ratificaram a deflagração de greve a partir de hoje. A categoria é formada por cerca de 1.400 docentes.

Última proposta
A Secretaria Municipal de Gestão informou que ofereceu ontem um reajuste de 5,48% sobre o salário base dos servidores ativos, inativos e pensionistas, elevação dos valores da cesta básica, que saltaria de R$ 420,00 para R$ 500,00, e do vale-refeição (VR), passando de R$ 34,74 para R$ 40,00 por dia. Também estava prevista a equiparação do salário do cargo de Professor Infantil I (jornada de 40 horas semanais) ao piso nacional (R$ 4.867,77). 

Lista de reivindicações
O Sindicato dos Professores Municipais de Cubatão defende a seguinte contraproposta: 11% de reajuste salarial; equiparação salarial às docentes da Educação Infantil 1 (que ganham 40% menos que os demais cargos da Educação); fim da contrapartida dos servidores na cesta básica e no VR - o desconto do auxílio varia de 20% a 50%; a revogação do Decreto 10.684/17, para acabar com as distorções referentes à jornada de trabalho; e revisão das aposentadorias. 

Inspiração internacional
Em missão oficial na Europa, o prefeito de Santos, Rogério Santos (Republicanos), esteve em Hamburgo (Alemanha) para conhecer soluções em logística, urbanismo e gestão portuária. Uma das referências estudadas foi o túnel submerso que ligará a Alemanha à Dinamarca, considerado um modelo de engenharia e articulação intergovernamental. A obra servirá de inspiração para o projeto da futura ligação seca Santos-Guarujá. 

Ideias na cabeça
Durante a viagem, o chefe do Executivo participou de reuniões com autoridades de Hamburgo, que também é um município portuário, para entender melhor como as grandes obras são planejadas e executadas com cooperação entre os diferentes níveis de governo. Rogério tentará viabilizar algumas ideias de soluções modernas que unam crescimento econômico, integração urbana e melhoria na qualidade de vida dos santistas.