POR DENTRO DA POLÍTICA DA BAIXADA SANTISTA
Comandante da corporação em Santos, Fabio Nakaharada, afirma que teria agido se soubesse dos riscos da vítima e destaca ações rápidas que foram tomadas em outros casos
Sandro Thadeu
28/05/2025 - quarta às 01h45
Sem conhecimento
Três semanas após o assassinato da empresária Amanda Fernandes Carvalho, ocorrido em uma clínica médica de Santos e cometido pelo próprio marido, o sargento da Polícia Militar (PM) Samir Carvalho, o caso continua repercutindo fortemente na opinião pública. Em audiência pública realizada recentemente pela Câmara de Santos, o comandante da PM no Município, Fabio Nakaharada, afirmou que a vítima, em nenhum momento, comunicou à corporação que estava sendo ameaçada pelo companheiro. "Se ela tivesse falado isso, eu representaria para o juiz, noticiando o fato para que fossem aplicadas medidas protetivas", reiterou.
Ação rápida
O representante da PM citou ao menos dois casos recentes do próprio batalhão em que houve a necessidade de intervenção imediata. Em um deles, a esposa de um policial comunicou que estava sofrendo violência doméstica e a arma do agente foi retirada. A mulher passou a manter contato com policiais femininas e optou em não solicitar medidas protetivas, pois decidiu se mudar para outro estado.
Atitude imediata
Nakaharada mencionou outra situação: uma integrante da corporação estaria ameaçando, durante o serviço, a ex-mulher do atual parceiro. Um inquérito policial militar foi aberto e, preventivamente, a arma da PM foi recolhida. "Já estamos ouvindo todo mundo para verificar se a gente representa para o juiz pela aplicação de alguma medida cautelar diversa da prisão ou, se ela continuar insistindo nisso, até pedir a prisão preventiva. O que chega ao nosso conhecimento, a gente toma uma atitude imediatamente", garantiu.
Estreia
O conselheiro tutelar e professor de Educação Física Kaio Cesar Pereira (PP) assumiu ontem, pela primeira vez, o mandato de vereador em Santos. Até a próxima sexta-feira, ele estará substituindo o presidente da Câmara, Adilson Junior (PP), que está participando de uma missão internacional nos Estados Unidos com outras autoridades.
Terceiro da lista
Pereira é o terceiro suplente do PP no Legislativo e deixou o cargo de assessor II do gabinete da Secretaria Municipal da Casa Civil para poder assumir provisoriamente a cadeira no Parlamento. Os dois primeiros da fila abriram mão de atuar na Casa de Leis: o diretor-presidente da Fundação Arquivo e Memória de Santos (Fams), Leonardo Delfino, e o ex-vereador Viny Alves, que está trabalhando como diretor de Operações na Prodesan.
Novas oportunidades
O Centro Paula Souza está avaliando instalar uma unidade da Faculdade de Tecnologia (Fatec) em Guarujá, segundo o deputado estadual Tenente Coimbra (PL). A expectativa é que as aulas sejam iniciadas no próximo ano. O parlamentar deverá tratar detalhes sobre essa proposta com o prefeito de Guarujá, Farid Madi (Pode), na próxima semana.
Expectativa positiva
“O local e a estrutura da futura unidade, bem como os cursos que serão oferecidos pela Fatec, ainda estão em fase de definição. Enquanto isso, de maneira muito assertiva, teremos as aulas já iniciadas em 2026, com a Prefeitura locando um prédio adequado para abrigar a unidade, ao passo em que o prédio definitivo será construído”, ressaltou Coimbra, que também defende junto ao Centro Paula Souza a instalação de uma Fatec em São Vicente.
Atitude covarde
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede), participou ontem da audiência da Comissão de Infraestrutura do Senado, mas abandonou a atividade, após o senador Plínio Valério (PSDB-AM) dizer que desejava "separar a mulher da ministra", porque a mulher "merecia respeita", enquanto a titular da pasta, não. Durante a reunião, ela teve a fala interrompida por diversas vezes e até o microfone cortado pelo presidente da comissão, Marcos Rogério (PL-RO).
Decisão da sociedade
Marina, que tem domicílio eleitoral em Santos, ficou indignada ao ouvir que a "demolição da legislação ambiental" feita pelo Senado na última semana era de responsabilidade dela. A ministra fez referência ao polêmico projeto de lei que facilitou a emissão de licenças ambientais no País. "Voltar ao início do século 20, quando não havia regramento algum, voltar para o tempo da hidrelétrica de Balbina (AM), de Cubatão, em que as coisas eram feitas sem nenhuma preocupação com o meio ambiente, não é uma decisão da ministra Marina Silva. É uma decisão da sociedade brasileira", desabafou ela nas redes sociais.
Solidariedade
A ex-prefeita de Santos e ex-deputada federal Telma de Souza (PT) elogiou a postura da ministra. "Toda a nossa solidariedade à Marina Silva, companheira de longa data, que não se curvou às falas e comportamentos desrespeitosos direcionados a ela por senadores, simplesmente pelo fato de ser mulher", ressaltou.
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