Deputadas estaduais paulistas sofrem ameaças de morte e estupro por e-mail

Ataque misógino
As 25 deputadas estaduais de São Paulo receberam, na manhã do último sábado, um e-mail contendo ameaças de morte e estupro. É a primeira vez que um ataque como esse é direcionado simultaneamente a todas as integrantes da Assembleia Legislativa. A Mesa Diretora informou que comunicou o fato às autoridades policiais e que medidas jurídicas estão sendo tomadas. Segundo informações da Secretaria de Estado da Segurança Pública, um homem de 28 anos está sendo investigado. Durante diligência realizada ontem na casa do suspeito, foram apreendidos um computador e um telefone celular. 

Não ao silêncio
Em nota conjunta, as deputadas afirmaram que o episódio representa uma tentativa clara de silenciar mulheres na política: "Trata-se de uma nítida tentativa de silenciar mulheres em um ataque misógino, racista e capacitista em uma situação que, embora nos cause choque, infelizmente, é mais uma expressão de ódio e de violência a mulheres que buscam ocupar espaços de poder na política de nosso país". O posicionamento termina da seguinte forma: "Intimidações desse tipo não podem ser aceitas sob o regime democrático em que vivemos, mas elas mostram o quão urgente também se faz a adoção de políticas públicas de enfrentamento à violência política de gênero".

Atentado em 2020
A deputada estadual Solange Freitas (União) afirmou que as vozes femininas jamais serão caladas. "Eu sei o que é isso. Já passei por violência política de gênero, em 2020, quando entrei para a política. Foram muitos ataques, inclusive um atentado. Não ao ódio. Não às ameaças", desabafou ela, que, em 11 de novembro de 2020, foi alvo de um atentado. Na ocasião, a parlamentar disputava a Prefeitura de São Vicente pelo PSDB.

Punição eleitoral
O juiz da 189ª Zona Eleitoral de Itanhaém, Paulo Alexandre Rodrigues Coutinho, condenou ontem o candidato a prefeito de Mongaguá pelo União Brasil, Rodrigo Casa Branca, o vice da chapa, Renato Donato (PSB), e o ex-secretário municipal de Turismo Eduardo Mennucci pela prática de propaganda eleitoral irregular negativa contra a adversária Cristina Wiazowski (PP). Cada um foi multado em R$ 5 mil.

Restrições
O magistrado também determinou a proibição da circulação de exemplares do jornal Folha Mongaguá que contenham a informação falsa de que Cristina estaria inelegível. A sentença veta, ainda, a instalação de faixas e o uso de bonecos infláveis com o mesmo conteúdo, sob pena de multa diária de R$ 3 mil.

Resposta
A equipe jurídica da campanha de Casa Branca e Donato informou à coluna que vai recorrer da decisão e negou que ambos tiveram participação na produção ou distribuição do boletim com mentiras a respeito da situação política de Cristina. Mennucci também disse que não se envolveu na elaboração do informativo e disse que foi exonerado da Prefeitura por se recusar a apoiar a integrante do PP na disputa eleitoral.

Consórcio ambiental
Os prefeitos das cidades da Baixada Santista e do Vale Ribeira estarão reunidos amanhã, às 9 horas, em Praia Grande, para assinar uma carta de intenções para a criação da Agência de Licenciamento Ambiental Regionalizado. Trata-se de um consórcio regional para licenciamento ambiental municipal que deverá ser intitulado Agência Ambiental do Litoral Sul e Serra do Mar.

Inspiração
Em fevereiro, alguns representantes das prefeituras da Baixada Santista estiveram com o diretor ambiental da Agência Ambiental do Vale do Paraíba, Leonardo Luquini, em São José dos Campos, para conhecer o modelo de gestão regional adotado no interior. O dirigente do consórcio explicou que a desburocratização e agilidade nos processos de licenciamento trouxeram impactos positivos, atraindo investimentos e gerando empregos.

Obra atrasada
A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) aplicou uma multa de R$ 4,591 milhões à Álya Construtora S.A., em razão do atraso injustificado na execução do contrato para a execução das obras do trecho 2 do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) - Conselheiro Nébias/Valongo, em Santos.