Segunda, 10 de Novembro de 2025

DólarR$ 5,29

EuroR$ 6,11

Santos

20ºC

A BAIXADA SANTISTA É O ASSUNTO

Câmara de Santos derruba veto a projeto de lei de autoria do Executivo

Cinco vereadores da base aliada não seguiram orientação do líder do Governo, Cacá Teixeira

Sandro Thadeu

03/09/2025 - quarta às 03h15

Fora do script
Uma situação inusitada marcou a sessão de ontem da Câmara de Santos: os vereadores derrubaram o veto do prefeito Rogério Santos (Republicanos) a um projeto de lei, de autoria do próximo Executivo, com o apoio de parte da base aliada. A proposta em questão trata da atualização de uma legislação de 2012, que concedeu à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) uma área na Rua Campos Melo, na Vila Mathias, onde abrigou por anos o Colégio Docas. 

Mudança de prazo
A decisão do Executivo de vetar a matéria não foi bem recebida pela oposição, que cobrou explicações do líder do Governo, Cacá Teixeira (PSDB). O tucano sustentou que a emenda modificava a essência do projeto, mas não convenceu a maioria. Dos 11 votos favoráveis ao veto, cinco foram de integrantes da própria base: Benedito Furtado (PSB), Cláudia Alonso (Pode), Paulo Miyasiro (Republicanos), Rafael Pasquarelli (União) e Zequinha (PP).

Esforço em vão
Os vereadores de oposição não entenderam o veto do prefeito à propositura e cobraram explicações do líder do Governo, Cacá Teixeira (PSDB). O tucano argumentou que a alteração mudou a essência do projeto de lei, mas não convenceu. Dos 11 votos favoráveis ao veto, cinco vieram de integrantes da base de apoio do prefeito: Benedito Furtado (PSB), Cláudia Alonso (Pode), Paulo Miyasiro (Republicanos), Rafael Pasquarelli (União) e Zequinha (PP). 

Trapalhada
Rui reiterou que a emenda não é inconstitucional e que não havia razão plausível para o veto. "É um veto inútil, totalmente desnecessário", frisou Furtado, o decano da Câmara. Chico Nogueira (PT) lembrou que o diretor da Unifesp - Campus Baixada Santista, Odair Aguiar Junior, acompanhou a votação na Câmara e não se opôs à alteração na norma. "Quando se tem um prazo, é possível agilizar a liberação de recursos públicos para a obra", reforçou o petista.

Casa esvaziada
Quatro parlamentares não estavam ontem no plenário na hora da votação: Adilson Junior (PP), Adriano Piemonte (União), Chita Menezes (PSB) e Fábio Duarte (PL), o único de oposição desse quarteto. Lincoln Reis (Pode), que presidia a sessão, não votou. Além de Cacá, somente quatro nomes se posicionaram favoráveis ao veto: Adriano Catapreta (PSD), Maurício Campos (Republicanos), Marcelo Téo (PP) e Renata Bravo (PSD). 

Herança maldita
O secretário de Administração e Governo de Mongaguá, Paulinho Wiazowski, afirmou ontem que a prefeita Cristina Wiazowski (PP) assumiu o comando do Município, em julho deste ano, com um déficit de R$ 66,131 milhões. "É uma herança difícil de um governo irresponsável, que vai ser responsabilizado por tudo o que fez pela nossa cidade", desabafou. 

Cenário caótico
Paulinho mencionou que a chefe do Executivo se deparou com um cenário de colapso, com prédios abandonados e frota de veículos sucateada. "Encontramos vários contratos vencidos, como da merenda, de medicamentos e de internet, além de contratos pagos por indenização e prorrogados de maneira inadequada. Também nos deparamos com licitações sem avaliação de impacto financeiro para saber se a Prefeitura tinha condições de suportar tais dívidas”, desabafou. 

Suspense no ar
O subprocurador do Ministério Público do Tribunal de Contas da União, Lucas Rocha Furtado, solicitou ontem a suspensão do leilão do túnel Santos-Guarujá, marcado para a próxima sexta-feira, às 16 horas, na B3. Ele defendeu que o prazo para o recebimento das propostas deve ser ampliado para garantir uma maior concorrência. 

Dificuldades de financiamento
A coluna divulgou ontem que os dois grupos interessados em realizar a obra e ser responsável pela concessão da ligação seca são estrangeiros: Acciona, da Espanha, e Mota-Engil, de Portugal. Nenhuma empresa brasileira quis participar desse processo. Uma das justificativas mencionadas pelas empreiteiras nacionais é a dificuldade de conseguir financiamento para a execução desse serviço, que é inédito no País. 

Vitória à população e aos advogados
Depois de mais de um ano fechado para reformas, o Fórum Trabalhista de Santos foi reinaugurado na última segunda-feira. O evento contou com a participação do presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), o desembargador Valdir Florindo, que confirmou a reinstalação do posto de atendimento da Caixa Econômica Federal no local.

Mudança de planos
Conforme apurado pela coluna, o Banco do Brasil decidiu encerrar as atividades da agência que ficava no prédio e direcionar o atendimento para a agência da Rua XV de Novembro, no Centro. A Caixa também havia sinalizado a intenção de fechar o posto, porque apenas uma das sete varas trabalhistas da Cidade vinha expedindo os alvarás trabalhistas para a instituição financeira. 

Mobilização conjunta
Diante dessa situação, houve uma mobilização conjunta da Associação dos Advogados Trabalhistas de Santos e Região (AATS), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - Subseção Santos) e do TRT-2 para tentar reverter a situação. Esse esforço conseguiu sensibilizar a Superintendência Regional da Caixa Econômica Federal, que decidiu reabrir o posto no Fórum Trabalhista. Ainda não há uma data acertada de quando esse serviço será retomado no local.  

Deixe a sua opinião

Leia Mais

ver todos

POR DENTRO DA POLÍTICA DA BAIXADA SANTISTA

Furtado quer frear "indústria das homenagens" na Câmara de Santos

POR DENTRO DA POLÍTICA DA BAIXADA SANTISTA

Joaquim Mol quer uma igreja atuante e comprometida com os mais pobres

A BAIXADA SANTISTA É O ASSUNTO

Câmara de Praia Grande aprova criação de empresa municipal de ensino e saúde

2
Entre em nosso grupo