Entenda como um colchão ruim pode impactar a sua saúde

Médico ortopedista dá dicas para evitar maiores problemas

Dormir bem é essencial para ter uma boa qualidade de vida e isso está diretamente ligado ao colchão. A medicina recomenda que tenhamos 8 horas de descanso por noite e quem segue essa recomendação passa, em média, 3 mil horas por ano deitado, ou seja, um terço de nossas vidas. Ou seja, imagina o impacto negativo que um colchão de baixa qualidade ou antigo pode gerar.

"Os principais danos à saúde de um colchão ruim é passar muitas horas com a coluna mal posicionada e, obviamente, acordar com dores nas costas. É importante um bom colchão para diminuir os impactos na coluna. E um bom travesseiro também. Buscando sempre manter todas as partes da coluna cervical, dorsal e lombar alinhadas", explica o médico ortopedista German Vassilieff, que atua em Santos e São Paulo.

O especialista diz ainda que quando o colchão está duro demais pode levar a tensão muscular e provocar um desalinhamento na coluna. Já quando fica muito mole, os ombros e quadris afundam demais e isso também pode gerar dores. Sendo assim, a hora de trocar de colchão, pelo aspecto da saúde, é no momento que sentir dores ao acordar diariamente.

"Este pode ser um sinal de que o colchão já não oferece a proteção e o descanso necessário para a coluna. Ou quando notamos a perda de elasticidade do material que compõe o colchão. Também devemos observar o rodízio das posições do colchão, para que a perda da elasticidade do material seja mais lenta", afirma German.

O colchão deve ser bom o suficiente para dar sustentação ao corpo de forma equilibrada e todo colchão possui um prazo de validade. Quando a superfície dele tomar a forma do corpo, já é um sinal que precisa ser trocado. Além do aspeto da higiene, que deve estar em dia, como explica o médico, devido morarmos em um local muito quente.

Além disso, pessoas que dormem menos de 6 horas por noite apresentam o dobro do risco de terem um infarto, derrame e hipertensão arterial e a má qualidade do colchão pode dificultar o adormecer das pessoas, afetando consequentemente o lado emocional, causando distúrbios no sono e gerando mais cansaço, provocando queda no sistema imunológico.

Com o passar do tempo, o colchão acumula milhares de ácaros, e eles produzem excrementos que provocam alergias. Por meio de vias respiratórias, as doenças mais comuns são: asma, rinite e sinusite. Na pele, pode causar dermatite atópica, urticária, entre outras. Por isso, para evitar esses transtornos, é fundamental limpar o colchão e o conservar.

"Existem várias dicas e técnicas, assim como materiais, que podem ser usados para limpar o colchão. O mais utilizado é o uso do bicarbonato de sódio, escova de limpeza e o aspirado de pó. Além das trocas rotineiras (semanal ou quinzenal) de lençois e fronhas".