Doctor Who comemora 62 anos e reafirma sua força como um dos maiores fenômenos da ficção científica

Aniversário celebrado em 23 de novembro destaca curiosidades, trocas de atores, episódios marcantes e a influência da série na cultura mundial

Doctor Who celebrou 62 anos no último domingo, 23 de novembro, mantendo seu lugar como uma das produções mais duradouras e influentes da televisão. Exibida pela primeira vez em 23 de novembro de 1963, a série da BBC estreou com o episódio "An Unearthly Child" (em tradução literal, "Uma Criança Estranha"), que introduziu ao público a premissa básica: viagens no tempo e mistério em torno do personagem que viria a ser chamado de Doutor.

O público também conheceu a TARDIS, a nave temporal cujo nome é um acrônimo para Time And Relative Dimension In Space (Tempo e Dimensão Relativa no Espaço). Capaz de viajar por qualquer época ou planeta, ela ficou eternamente associada ao visual de uma cabine de polícia britânica dos anos 60, após seu sistema de camuflagem travar — uma falha que acabou se tornando um dos símbolos mais reconhecidos da cultura pop.

A longevidade da série se deve, em parte, ao conceito de regeneração. Quando está perto da morte, o Doutor muda de corpo e personalidade, permitindo que novos atores assumam o papel sem quebrar a continuidade narrativa. Até hoje, pelo menos 14 intérpretes já viveram o personagem na TV, dando à série um ritmo de renovação constante.

Ao longo de mais de 870 episódios, Doctor Who acumulou curiosidades marcantes: desde sua trilha sonora pioneira criada por Delia Derbyshire, até a criação de vilões icônicos como Daleks, Cybermen e Weeping Angels. A série também ficou conhecida pela diversidade de tons — ora leve e divertida, ora sombria e emocionante.

Entre os episódios mais macabros, fãs destacam Night Terrors, com suas bonecas ameaçadoras em uma casa de brinquedos, e Midnight, uma narrativa claustrofóbica em que o Doutor se vê vulnerável diante de uma entidade invisível. Já entre os emocionais, Vincent and the Doctor é lembrado pelo retrato sensível de Vincent van Gogh, e Doomsday permanece uma das despedidas mais dolorosas da televisão britânica. Episódios como Blink, considerado um marco de roteiro, também ajudaram a consolidar a série como referência criativa.

O impacto cultural de Doctor Who vai muito além da televisão. A série influenciou escritores, artistas, músicos e cineastas, além de inspirar convenções, debates acadêmicos e projetos de fãs em todo o mundo. A figura do Doutor — com sua ética, curiosidade e defesa da empatia — também marcou gerações de espectadores que cresceram com a série. O alcance é tão grande que o dia 23 de novembro passou a ser celebrado globalmente como o Doctor Who Day, data em que fãs de diversos países promovem encontros, exibições e homenagens.

Mesmo após seis décadas, Doctor Who continua se reinventando, mantendo viva a imaginação que conquistou o público desde 1963 e influenciando novas expressões culturais, artísticas e emocionais ao redor do planeta.

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