MEIO AMBIENTE

Mudanças climáticas agravam casos de picadas de escorpião no Brasil

De acordo com o Ministério da Saúde, foram registrados mais de 126.637 mil casos no Brasil neste ano, com 148 mortes confirmadas

28/10/2025 - terça às 18h00

A alta incidência de casos que envolvem picadas de escorpião tem chamado a atenção de especialistas médicos no Brasil e é motivo de preocupação ainda maior para a população com a chegada do calor. O Ministério da Saúde registrou mais de 126 mil casos no Brasil neste ano, com 148 mortes confirmadas até setembro. 

Esse crescimento não é sazonal, mas sim uma tendência histórica, com um estudo recente publicado na revista Frontiers in Public Health alertando que os casos de picadas no país cresceram 150% em menos de uma década (entre 2014 e 2023). Este cenário de "epidemia silenciosa" é impulsionado por uma complexa interação de fatores ambientais, sociais e biológicos.

De acordo com o estudo, a urbanização desordenada e as mudanças climáticas desempenham um papel central no problema. Verões mais quentes e a alternância entre períodos de chuva intensa e seca facilitam a proliferação das populações de escorpiões, que são criaturas altamente adaptadas a ambientes quentes e úmidos. O crescimento de cidades com infraestrutura e saneamento inadequados cria o habitat ideal para a proliferação, já que os escorpiões vivem na rede de esgoto e podem invadir residências facilmente pelos encanamentos. O acúmulo de lixo e entulhos em áreas urbanas oferece abrigo e recursos abundantes para esses animais.

De encontro com essa tendência, o Radar Whitebook, ferramenta que utiliza inteligência artificial para identificar possíveis surtos de saúde, registrou em setembro um aumento de 300% na procura de informações sobre picada de escorpião preto em relação aos meses de julho e agosto. A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo registrou 28 mil casos de acidentes com escorpiões neste ano, liderando o ranking entre os estados brasileiros, seguido por Minas Gerais, com 21 mil casos, e Bahia, com 12 mil registros. Em julho do ano passado, a capital paulista havia registrado 2.639 ocorrências e neste ano, o valor subiu para 3.359, um aumento de 27,3%.

A especialista médica da Afya Dayanna Palmer ressalta que é fundamental redobrar os cuidados nesta época do ano, principalmente em áreas de maior risco, como terrenos baldios, pilhas de entulho e madeira acumulada, locais que favorecem a presença do escorpião. "A atenção deve ser ainda maior com crianças e idosos, considerados mais vulneráveis aos efeitos do veneno. Em caso de picada de escorpião, a orientação é procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo, evitando medidas caseiras, já que o atendimento rápido faz toda a diferença," continua Palmer. Segundo ela, as regiões mais vulneráveis às picadas são dedos, mãos e pés.

Sobre a Afya

A Afya, maior ecossistema de educação e tecnologia em medicina no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior, 33 delas com cursos de Medicina e 25 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde em todas as regiões do país. São 3.653 vagas de Medicina aprovadas e 3.543 vagas de medicina em operação, com mais de 24 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da Medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de Medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo "Valor Inovação" (2023) como a mais inovadora do Brasil e "Valor 1000" (2021, 2023, 2024 e 2025) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio "Executivo de Valor" (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa "Liderança com ImPacto", do Pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 - Saúde e Bem-Estar. Mais informações em: www.afya.com.br e ir.afya.com.br.

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