Mudanças climáticas e saúde em megacidades pautam debate internacional em São Paulo
Assessoria de Imprensa Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo
22/09/2025 - segunda às 12h11"As megacidades têm uma conectividade pelo comércio e pelo turismo, o que coloca estes espaços urbanos no centro tanto do risco quanto das oportunidades.
A pandemia foi uma demonstração clara de como esses fatores se refletem rapidamente na saúde da população." A análise é de Cristian Morales, representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) no Brasil, que participa no próximo dia 23 de setembro, em São Paulo, do Seminário Internacional Desafios da Saúde nas Megacidades.
O evento, organizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), em parceria com a OPAS, reunirá especialistas de oito países, sendo eles Brasil, Colômbia, Peru, Argentina, Chile, México, Estados Unidos e Canadá, para discutir soluções inovadoras e sustentáveis em saúde pública, em um momento estratégico, com os olhares voltados para a COP30, que será realizada em Belém (PA).
Morales destaca que os efeitos das mudanças climáticas somados a problemas estruturais típicos das cidades latino-americanas pressionam ainda mais os sistemas de saúde. "As grandes cidades da América Latina sofrem com muitos desafios, como de planejamento urbano, ocupações ilegais de terreno e transporte, e tudo isso impacta a saúde. Tudo o que movimenta a cidade precisa ser estudado e entendido para que possamos propor políticas públicas que nos permitam realizar ações de prevenção e de resposta.
Agora, quando falamos de mudança climática, estamos falando de fenômenos naturais extremos e, no marco de cidades que não têm um planejamento urbano estabelecido, claramente haverá impacto na saúde da população, principalmente naqueles que estão em situação de maior vulnerabilidade". Para ele, o futuro das megacidades passa pelo fortalecimento da atenção primária e por redes de cuidado integradas. "Não podemos esquecer que a construção da saúde começa pelo território e pela compreensão do que é uma situação de saúde em nível territorial. A atenção primária da saúde é chave.
Quando falamos desse enfoque, pensamos no primeiro nível de cuidados, em redes integradas de saúde, no que vocês chamam em São Paulo de Regionalização. E isso se aplica tanto às grandes cidades das Américas quanto a outros lugares do mundo", explicou. "A durabilidade e a sustentabilidade do SUS estão baseadas na sua governança. A governança tripartite com o Ministério da Saúde, os secretários estaduais e os secretários municipais é a força que projeta o SUS.
Outro elemento importante é a participação social, que não existe em outros sistemas de saúde. Além da questão da equidade e do acesso universal à saúde", disse o representante da OPAS. Saúde, tecnologia e governança em debate.
A programação do seminário inclui a palestra de abertura "Desafio das Megacidades", com James Fitzgerald (OPAS – Regional), além da mesa internacional sobre Saúde e Meio-Ambiente nas Megacidades, coordenada por Priscila Predicaris, secretária-executiva da SES-SP, com participação de Frédéric Abergel (Universidade de Montreal) e Bruna Leite (ONU-Habitat)
. À tarde, Morales coordenará a mesa internacional de experiências sobre Desafios da Atenção à Saúde nas Megacidades, com participação de Fernando Cupertino (CONASS) e da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, Cidade do México e Bogotá. Morales reforça que pensar a saúde nas megacidades significa olhar para os desafios ambientais, sociais e tecnológicos com uma perspectiva integrada e de longo prazo.
"Assim como a agenda climática, a saúde nas megacidades exige soluções coletivas e inovadoras, capazes de reduzir desigualdades e enfrentar os impactos sociais, ambientais e climáticos nos grandes centros". Programação - Seminário Internacional Desafios da Saúde nas Megacidades 8h30 – 9h: Café de boas-vindas 9h – 9h40: Mesa internacional de abertura 9h40 – 10h30: Palestra de abertura – Desafio das Megacidades – James Fitzgerald (OPAS – Regional) 10h30 – 12h: Mesa internacional – Saúde e Meio-Ambiente nas Megacidades Participações: Frédéric Abergel (Universidade de Montreal) e Bruna Leite (ONU-Habitat) Coordenação: Priscila Predicaris (SES-SP) 12h – 13h30: Intervalo para almoço 13h30 – 16h30: Mesa internacional de experiências – Desafios da Atenção à Saúde nas Megacidades Coordenação: Cristian Morales (OPAS – Brasil) Debate: Fernando Cupertino (CONASS) Participações: Secretarias de Saúde de São Paulo, Cidade do México e Bogotá 16h30 – 17h: Mesa de encerramento
Assessoria de Imprensa Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo