Ribeirão Pires sai na frente ao criar a 1ª clínica pública de cannabis medicinal

Prefeito Guto Volpi (PL) esteve ontem em Santos para compartilhar essa experiência pioneira

Exemplo para o País
O prefeito de Ribeirão Pires, Guto Volpi (PL), participou ontem da segunda edição do Crema Cultural, realizado no Parque Valongo, em Santos, onde compartilhou os desafios e os resultados positivos alcançados com a primeira clínica pública de cannabis medicinal produzida no Brasil, inaugurada em março deste ano. A iniciativa é fruto de uma parceria com a Associação Flor da Vida, de Franca. 

Enfrentando o tabu
O chefe do Executivo explicou que a unidade atende até 50 novos pacientes por mês, oferecendo óleos à base de canabidiol aos moradores da Cidade diagnosticado com transtorno do espectro autista (TEA), Alzheimer, Parkinson, epilepsia e fibromialgia. Em entrevista à coluna, ele comentou que recebe vários depoimentos de pacientes que obtiveram melhora significativa de qualidade de vida após o início do tratamento. “Esses resultados práticos desmistificam a resistência. É possível, dá certo e transforma vidas. Nosso papel como gestores é enfrentar o tabu e colocar a política em prática”, disse.

Em expansão
Volpi defende que o modelo de Ribeirão Pires seja expandido para outras cidades e propôs a discussão do tema no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, que inclui as sete cidades daquela região, para que a experiência se torne uma política pública regional. "Temos recebido contatos e visitas de prefeitos e vereadores de várias cidades que demonstraram interesse em conhecer a nossa experiência", destacou.

Apoio total
O atual prefeito foi um dos autores da lei municipal de 2022 que permitiu a distribuição de medicamentos à base de cannabis na rede pública de saúde, ainda como vereador. Mesmo filiado ao PL, partido que tem se destacado nos últimos anos pela defesa de pautas conservadoras, Volpi afirmou ter recebido respaldo da sigla. “Tive apoio dos deputados estaduais e liberdade para colocar o projeto em prática”, garantiu.

Pisada na bola
Na última sexta-feira, a ex-prefeita de Cubatão Marcia Rosa (PT) compartilhou um vídeo com acusações graves contra o ex-chefe do Executivo Ademário Oliveira (PSDB). Em uma postagem feita ontem no Facebook, a petista explicou que não foi a autora daquele material, admitindo que repassou o conteúdo sem checar a veracidade das informações. 

Retratação pública
"Assim que tive ciência de que se tratava de informações falsas, procedi à retirada imediata. Utilizo agora este mesmo espaço para reconhecer o equívoco e apresentar minhas sinceras desculpas, tanto ao ex-prefeito Ademário, quanto a todos os meus seguidores que tiveram contato com a informação incorreta. Reconhecer o erro é parte essencial do aprendizado", escreveu. 

Pingo nos is
Ademário conversou ontem com a coluna e demonstrou indignação com a postura de Marcia. Ele explicou que o suposto estupro teria ocorrido em 20 de outubro de 2020, mas a denúncia só foi levada às autoridades cinco anos depois. "A Justiça tem reconhecido a inconsistência do caso, negando por duas vezes os pedidos de acusação. É uma narrativa para tentar destruir a minha imagem e a minha biografia", desabafou. 

Outros interesses
Segundo o tucano, a suposta vítima e o marido dela trabalharam na Prefeitura durante sua gestão O ex-prefeito apontou, ainda, que a falsa acusação surgiu após o casal não ter sido indicado pelo PL para atuar na Administração Municipal. "O marido fazia questão de demonstrar apreço por mim, mas tudo mudou quando ambos tentaram ocupar cargos no atual governo, inclusive com tom de ameaça", explicou.

Baixaria completa
O ex-prefeito de Cubatão também rebateu as acusações de pedofilia e violência doméstica citadas no vídeo compartilhado pela petista. O ex-gestor alegou que pegaram as informações de um inquérito policial de um casal homônimo de São Paulo para tentar prejudicá-lo.  

Fica para depois
Em entrevista concedida à rádio CBN Santos, na última sexta-feira, o vereador de Peruíbe Cristen na Mira (MDB) afirmou ter sido sondado por integrantes do partido sobre a possibilidade de concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. No entanto, o legislador deixou claro que não participará da disputa no próximo ano e disse que seguirá focado no Município. 

Sensatez
"Ser pré-candidato seria apenas uma questão de vaidade. A gente tem demandas muito mais importantes para o partido e para o mandato do vereador. A campanha é sempre algo muito cansativo e exaustivo. O meu foco é apoiar a reeleição do nosso líder, o deputado estadual Jorge Caruso (MDB), que tem me ajudado muito com as emendas parlamentares, e viabilizar os deputados federais que nos apoiam", explicou.