Siemaco cobra posicionamento da classe política após greve na limpeza urbana
Na última terça-feira, os empregados do Grupo Diniz que atuam nessa área deflagraram paralisação, devido ao impasse nas negociações do novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT)
03/08/2025 - domingo às 03h30Dedo na ferida
O presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Áreas Verdes de Santos e Região (Siemaco Baixada Santista), André Domingues, o Fuzil, cobrou um posicionamento imediato da classe política local, diante da greve deflagrada pelos coletores de lixo vinculados às empresas do grupo Diniz (Terracom, Terra Santos Ambiental e PG Eco Ambiental), na última terça-feira.
Omissão institucional
"Por que os prefeitos da Região Metropolitana da Baixada Santista não se manifestam? E onde está a Uvebs (União dos Vereadores da Baixada Santista), que deveria representar os interesses da população e atuar em defesa do serviço público essencial? A omissão institucional não pode ser tolerada diante de um problema que afeta diretamente a vida de milhares de cidadãos", ressaltou ontem o dirigente sindical.
Negociações travadas
A categoria decidiu deflagrar o movimento paredista, devido ao impasse nas negociações do novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) por parte da empresa. O Siemaco defende que os trabalhadores tenham um reajuste de 7% nos salários e benefícios (retroativos a maio), mas o Grupo Diniz ofereceu a contraproposta de correção de 5,5% nos vencimentos, que foi rejeitada pelos empregados em assembleia.
Quadro mínimo
O Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região (TRT-2) convocou uma audiência de conciliação entre as partes, sugerindo que a remuneração dos funcionários tivesse uma variação de 6%. No entanto, o grupo empresarial não aceitou a sugestão e os empregados da limpeza urbana decidiram cruzar os braços. A Justiça determinou, ainda, que 70% do efetivo deve ser mantido para garantir a continuidade dos serviços essenciais à população, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
Resposta imediata
Após pressão da Uvebs e dos deputado estaduais Caio França (PSB) e Solange Freitas (União), que intensificaram nos últimos dias a divulgação das ações e de mobilizações contra a instalação de pedágios nas rodovias Padre Manoel da Nóbrega e Rio-Santos junto aos moradores da Baixada Santista, o Governo do Estado se viu obrigado a dar uma resposta à população, que veio ontem.
Sem cobrança
A agência de notícias do governo paulista divulgou uma entrevista do secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, para falar sobre os investimentos que serão feitos nessas estradas e garantiu que não haverá cobrança de tarifas no trecho entre Peruíbe e Praia Grande até a conclusão das obras das marginais, prevista para 2027. "Esses acessos permitirão deslocamentos locais por vias paralelas sem tarifa, atendendo quem mora ou circula diariamente entre os municípios", garantiu.
Contagem regressiva
Por outro lado, o titular da pasta confirmou que o pedágio automático que está sendo instalado na Rio-Santos, no trecho que fica entre os bairros Iriri e Caruara, na Área Continental de Santos, entrará em operação em novembro deste ano. O mesmo ocorrerá nos pórticos da Padre Manoel da Nóbrega na altura das cidades de Miracatu e Itariri, no Vale do Ribeira.
Baixada Santista no Conselhão
Após dar os primeiros passos no movimento estudantil de Praia Grande, o ex-vice-presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES) na Baixada Santista e ex-coordenador da Juventude do PCdoB em Santos, Ergon Cugler, foi um dos nomes convidados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para fazer parte do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o chamado Conselhão. Esse colegiado assessora o petista com propostas e sugestões voltadas à justiça social, desenvolvimento sustentável e fortalecimento da democracia.
Experiência e representatividade
Pesquisador, bacharel em Gestão de Políticas Públicas pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em Administração Pública e Governo pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Cugler, de apenas 26 anos, é o atual coordenador de Políticas Públicas, Pesquisa e Incidência da Associação Nacional para Inclusão das Pessoas Autistas.
Pronto para colaborar
"Poderei atuar como conselheiro da Presidência e contribuir com propostas e reflexões com ênfase nas temáticas de desinformação, inteligência artificial e desenvolvimento sustentável, áreas que tenho dedicado toda à minha trajetória ao longo dos últimos anos. Obviamente as temáticas de inclusão de pessoas com deficiência e a neurodiversidade não podem ficar de fora", ressaltou ele, que é autista.
Fila de espera
Em resposta a um requerimento do vereador de Santos Sérgio Santana (PL), a Secretaria Municipal de Saúde informou que o prazo médio para a marcação de consulta e início do tratamento em fisioterapia é de 16 dias. Até a consulta, todos os pacientes recebem orientação individualizada. Ainda segundo dados da pasta de abril deste ano, 5.564 pacientes aguardavam atendimento de fisioterapia ortopédica.