Cristina Wiazowski confirma a realização de auditoria na Prefeitura de Mongaguá
Decisão foi anunciada ontem, durante a posse da nova chefe do Executivo municipal
12/07/2025 - sábado às 04h30Primeiro ato
Após muitas idas e vindas da Justiça Eleitoral, disputas políticas nos bastidores e desconfiança da população, chegou ao fim a novela envolvendo as eleições de Mongaguá. Diante de um grande público e de diversas autoridades regionais, Cristina Wiazowski (PP) tomou posse como prefeita, na noite de ontem, em cerimônia realizada na Praça Dudu Samba. O primeiro ato da nova gestora será a instalação de uma comissão para fazer uma auditoria na Administração Municipal.
Olhar com lupa
Muito emocionado por ver a esposa assumindo a responsabilidade de comandar o Município, o ex-chefe do Executivo e novo secretário de Governo, Paulinho Wiazowski (PP), explicou que esse processo de apuração sobre as gestões da Cidade dos últimos anos deverá ter início na próxima segunda-feira. O objetivo dessa medida é avaliar melhor a situação financeira de Mongaguá, apurar eventuais irregularidades do passado e responsabilizar aqueles que fizeram mau uso de recursos públicos.
Evento metropolitano
A posse de Cristina contou com a participação de vereadores de várias cidades da Baixada Santista e de três prefeitos da região: Alberto Mourão (MDB, de Praia Grande), Audrey Kleys (Novo, de Santos, que está como chefe do Executivo em exercício) e Felipe Bernardo (PSD, de Peruíbe).
Prestígio
A atividade de ontem também foi prestigiada pela deputada federal e presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, assim como pelo parlamentar estadual e responsável pelo PSB paulista, Caio França, e pelo colega de Legislativo paulista Teonilio Barba (PT). O secretário nacional de Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, Maurício Juvenal, e o chefe de gabinete da pasta estadual de Turismo e Viagens, Lucas Jordão, também estiveram em Mongaguá.
Fim do silêncio
Após quase cinco anos de críticas do atual prefeito de São Vicente, Kayo Amado (Podemos), sobre a herança financeira deixada pelas gestões anteriores, o ex-chefe do Executivo Pedro Gouvêa (PT) usou ontem as redes sociais para pedir que o gestor municipal pare de falar mentiras e comece a falar a verdade. "Administrar exige, acima de tudo, responsabilidade, seja com compromisso antigos ou novos. Está na hora de assumi-las", frisou.
Esforço contínuo
Gouvêa, que governou a Cidade de 2017 a 2020, disse que não ficou apontando culpados assim que chegou ao poder e buscou renegociar dívidas. Segundo o ex-prefeito, esse esforço deixou a Administração Municipal adimplente, em dia com todas as obrigações financeiras e fiscais e com todas as certidões regularizadas. Ele mencionou, ainda, que parte das obras em andamento é fruto do trabalho desenvolvido na gestão dele ao lado de servidores e colaboradores, "sempre pautado pelo respeito, diálogo e verdade... valores que, infelizmente, têm faltado atualmente”.
Desafio lançado
Por fim, o ex-chefe do Executivo vicentino lançou um desafio a Amado: "se, ao sair do governo, você não deixar dívidas para o próximo prefeito pagar, eu me retratarei publicamente sobre tudo o que já disse e penso a seu respeito e, naturalmente, concordarei com tudo o que você diz sobre mim".
Apoio fraterno
Ex-primeira-dama do Estado, a professora Lúcia França (PSB) fez um comentário na postagem de Gouvêa. "Esse prefeito (Kayo Amado) é mais um político que se elegeu em cima de inverdades. O pior é as pessoas acreditarem", desabafou ela, que é irmã do petista.
Acordo fechado
O Sindicato dos Trabalhadores no Magistério e na Educação Municipal de São Vicente (Sintramem) e a Prefeitura fecharam ontem um acordo a respeito da compensação das horas não trabalhadas durante a greve deflagrada pela categoria, em abril. Aqueles que repuserem os dias durante o recesso escolar terão restituídos os valores descontados.
Nos mínimos detalhes
Os dias de falta no período de recesso não serão considerados faltas injustificadas. No entanto, quem deixar de fazer a compensação nesse período não sofrerá descontos no salário referente a julho, mas não terá restituído o valor descontado referente ao movimento paredista.
Fora da lista
Nenhum dos três deputados federais da Baixada Santista — Delegado da Cunha (PP), Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) e Rosana Valle (PL) — aparece na lista dos 100 "cabeças" do Congresso Nacional. Lançado na última quinta-feira, esse levantamento anual do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) aponta os parlamentares mais influentes na Câmara e no Senado.
Longe da elite
O trio da região também não consta na relação dos 50 congressistas que estão "em ascensão". Trata-se de um grupo que tem recebido algumas missões institucionais, políticas e/ou partidárias e apresentado bons resultados. Fazem parte deste ranking aqueles que vêm buscando abrir canais de interlocução e buscando exercer lideranças formais ou informais no Parlamento brasileiro.