Guarujá registra queda nos acidentes de trabalho entre janeiro e abril

A taxa de gravidade mais alta registrada pela Prefeitura foi de 110, bem abaixo do limite de 500 estabelecido como 'muito bom'

A Prefeitura de Guarujá registrou queda no número de acidentes de trabalho, entre janeiro e abril deste ano. O Setor de Engenharia e Segurança do Trabalho divulgou relatório que aponta um total de 30 ocorrências, sendo que 94% dessas já foram completamente caracterizadas (identificadas e reconhecidas como relacionadas ao desempenho das atividades laborais, avaliadas por perícia médica), com apenas uma ainda em análise. Em janeiro foram 13 casos; nove registros em fevereiro; seis em março e encerrando o quadrimestre, o mês de abril teve apenas dois registros.

Entre as ocorrências, com 26 casos, predominam os acidentes típicos (que ocorrem no local de trabalho ou durante o exercício da função, resultando em lesões ou perturbações funcionais que afetam a capacidade do trabalhador), e quatro classificados como de trajeto (acontecem durante o deslocamento do trabalhador entre a residência e o local de trabalho, ou vice-versa). Durante o período não houve notificações de doença ocupacional.

O relatório aponta que, em 17 casos, não foi necessário o afastamento dos servidores. Destes, 16 foram acidentes típicos e apenas um de trajeto. Entre os acidentes que exigiram licença médica por até 15 dias, foram contabilizados 10 casos, sendo nove típicos e um de trajeto.

Já os afastamentos superiores a 15 dias somaram apenas três ocorrências, sendo duas de trajeto e uma típica. Cabe ressaltar que não houve, no período, nenhuma ocorrência fatal, tampouco foram registrados acidentes sem lesão (ASL).

Acidentes de trajeto

Nos casos de trajeto, os dados revelam divisão igual entre os que envolviam deslocamento a pé e os ocorridos com uso de motocicleta, apontando para a necessidade de atenção especial a esses dois perfis de deslocamento. Com relação às lesões sofridas, os números mostram um cenário de menor gravidade: apenas um caso envolveu ferida aberta, dois ocasionaram fraturas e os demais foram classificados como torções, luxações ou ferimentos superficiais.

Parâmetros ideais

As taxas de frequência e gravidade apuradas segundo os critérios utilizados pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) e com base nos padrões da Organização Internacional do Trabalho (OIT), mantêm-se dentro dos parâmetros considerados ideais.

A taxa de gravidade mais alta registrada pela Prefeitura foi de 110, bem abaixo do limite de 500 estabelecido como 'muito bom'. Já a maior taxa de freqüência, de 10,60, também permanece confortável dentro da faixa avaliada ainda dentro do melhor cenário, que é de até 20.

O secretário de Gestão Administrativa, Valter Batista ressalta que o setor de Segurança do Trabalho está passando por mudanças significativas, assim como a Casa de Apoio ao Servidor e Medicina do Trabalho. "Estes serviços estão sendo estruturados para atender a demanda de todos os servidores da Prefeitura, garantindo melhor qualidade de vida aos mesmos, e incentivando a própria responsabilidade com a sua segurança, resultando em maior produtividade sem que sofram consequências que afetem sua saúde e bem-estar".