ECONOMIA

ACSP: 43,7% dos brasileiros querem gastar mais do que em 2024 no Dia dos Namorados

Em relação ao ano passado, aumentou tanto a proporção dos que manifestaram intenção de compra quanto a dos que estão dispostos a gastar mais

11/06/2025 - quarta às 07h56
Quanto ao valor das compras, a grande maioria (75,8%) pretende gastar entre R$ 50 e R$ 450, o que representa um aumento no ticket médio de compra em relação a 2024. - Divulgação

A pesquisa nacional de intenção de compras da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), realizada pela PiniOn, com uma amostra de 1.671 entrevistados, apontou que 36,5% pretendem comprar presentes no Dia dos Namorados, enquanto 46,1% não tem intenção de fazê-lo e 17,4% ainda não sabem. Em comparação ao ano passado, aumentou tanto a proporção dos que manifestaram intenção de compra quanto a dos que não pretendem adquirir presentes.

Do grupo de entrevistados que manifestaram intenção de compra, 43,7% planejam gastar mais do que em 2024, enquanto 28,6% pretendem gastar menos. Em relação ao ano passado, houve uma diminuição na proporção do primeiro grupo e um aumento na porcentagem relativa do segundo. Quanto ao valor das compras, a grande maioria (75,8%) pretende gastar entre R$ 50 e R$ 450, o que representa um aumento no ticket médio de compra em relação a 2024.

Assim como nos dois últimos dois anos, a pesquisa apontou que a maioria das compras deve ocorrer de forma presencial, em lojas físicas (53,5%). Contudo, diferentemente das pesquisas anteriores, a maior parte dos entrevistados (38,6%) manifestou intenção de comprar em grandes redes do varejo, e não em pequenos estabelecimentos.

A tabela abaixo registra as principais categorias de bens e serviços incluídas na intenção de compra dos entrevistados em nível nacional, bem como a forma de pagamento – à vista (em dinheiro, cartão ou PIX) ou parcelado. É importante lembrar que cada entrevistado pôde escolher mais de uma opção de presente.

Assim como no ano passado, nas intenções de compra prevalecem presentes de uso pessoal e de menor valor, pagos à vista, o que é típico para a data, ao contrário do Dia das Mães, que também inclui produtos para o lar, como móveis e eletrodomésticos.

A intenção de compra de roupas e calçado (30,7%) diminuiu em relação a 2024, ficando ainda mais abaixo do registrado no período pré-pandemia (60/70%).

Presentes de uso pessoal na área de beleza, além de joias e bijuterias, continuam sendo lembrados para os namorados, somando cerca de 61,3% das preferências. Chocolates e bombons, que aparecem isoladamente com 21,3% das intenções, seguem figurando na lista de presentes mesmo após a Páscoa.

Por outro lado, continuam aparecendo itens que não eram mencionados antes da pandemia, tais como cestas de café da manhã e delivery de refeições.

Em síntese, as intenções de compra no Dia dos Namorados não mostraram diferenças muito significativas em relação ao ano passado.

Para o economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP (IEGV/ACSP), Ulisses Ruiz de Gamboa, a maioria dos que manifestaram intenção de adquirir presentes para a data está disposta a gastar mais e prefere realizar as compras em grandes redes do varejo e de forma presencial.

"A perspectiva é de um leve aumento das vendas para a data em relação ao ano passado. Apesar dos aumentos de renda, do emprego e das medidas de estímulo ao consumo realizadas pelo Governo, que tenderiam a impulsionar positivamente as vendas, poderão se contrapor a elevada inflação de produtos básicos e o alto grau de endividamento das famílias. Nesse sentido, ao menos parte do aumento do ticket médio de compra provavelmente está associada ao aumento dos preços", conclui Ruiz de Gamboa.

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