Cristina tem 64% das intenções de voto e Casa Branca 25%, aponta Badra sobre eleição em Mongaguá
Se esse resultado for confirmado no próximo domingo, dia 8, ele reafirma a vontade do morador-eleitor já expressa em outubro do ano passado. Candidata deve alcançar mais de 20 mil votos
06/06/2025 - sexta às 12h20Oito meses depois que a grande maioria dos 5.570 municípios brasileiros elegeu seu prefeito para o mandato 2025-2028, Mongaguá finalmente se prepara para conhecer quem vai governar a cidade pelos próximos três anos e meio.
De um lado, Cristina Wiazowski, do Partido Progressistas, disputa sua primeira eleição. Ela é esposa do ex-prefeito Paulinho Wiazowski, eleito em outubro de 2024 com ampla maioria de votos, mas impedido de assumir a chefia do Executivo, por conta de ações movidas por seus adversários e que tiveram êxito no Judiciário.
Do outro, Rodrigo Casa Branca, do União Brasil, ex-vereador e ex-presidente da Câmara, concorre pela quarta vez, tendo disputado duas eleições regulares, em 2020 e 2024, e duas suplementares, já contando com a do próximo domingo.
Registrada na Justiça Eleitoral, a mais recente pesquisa Badra de intenção de voto, finalizada ontem, dia 5, revela que a exemplo de outubro de 2024, a imensa maioria dos eleitores deve depositar seu voto em Cristina Wiazowski, mantendo a coerência com o voto então dado ao seu marido.
Cristina lidera a corrida pelo paço municipal com expressivos 64,4% das intenções de voto. Já Rodrigo é o preferido de 24,6% dos entrevistados, numa diferença que bate na casa dos 40 pontos percentuais. Exatos 7,1% disseram que vão votar nulo, branco ou não vão votar e 3,8% ainda se mantêm indecisos.
SEM TAPETÃO
Do ponto de vista matemático, os números da pesquisa Badra mostram que 6 em cada 10 moradores-eleitores de Mongaguá manifestam intenção em votar em Cristina. “O eleitor que ver seu desejo e opinião respeitados. Desejo que eles já haviam manifestado em outubro do ano passado. Muitas vezes a judicialização é vista pelo eleitor como uma espécie de tapetão, ou seja, decisão fora das quatro linhas do campo de jogo”, argumenta o jornalista Maurício Juvenal, analista de dados da Badra Comunicação.
Nesse mesmo viés, ele explica que do ponto de vista de narrativa, a campanha de Rodrigo Casa Branca até tentou, mas não conseguiu convencer o eleitorado de que Paulinho Wiazowski disputou a eleição já sabendo que estava inelegível.
Aliás, ao assumir esse discurso, sobretudo o advogado Renato Donato, que é vice na chapa de Rodrigo, a sensação que se tem é que ele comete um grave ato de desrespeito ao Judiciário. “Todo mundo sabe como começa uma demanda judicial, mas não sabe como ela termina, os juízes são imparciais ao decidir. A questão era pra lá de controversa e prova disso é que o resultado, na última instância, no Tribunal Superior Eleitoral, foi de 4 a 3, com os ministros Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares e Kassio Nunes Marques, concordando com a tese de Paulinho, ou seja, ao contrário do que o advogado Renato Donato tenta equivocadamente passar, não era uma questão líquida e certa”, explica Juvenal. “E o eleitor costuma cobrar um preço caro quando percebe que estão tentando enganá-lo”, complementa.
A PESQUISA
A pesquisa do Instituto Badra ouviu 1.060 eleitores, em diferentes pontos de fluxo de Mongaguá, nos dias 4 e 5 de junho. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. Ela está registrada na Justiça Eleitoral, sistema PesqEle, sob o número 00557/2024.
O instituto Badra foi apontado recentemente como o 8º com maior número de acertos no País, tendo recebido a nota A, pela plataforma Pollstergraph, que mede o desempenho dos institutos de pesquisa, com base em seus acertos nas eleições. Já o site Pindograma, que também estabelece um ranking dos institutos, atribui a nota B+ para a Badra, nota superior a institutos tradicionais como o Quaest, PoderData, Veritá, GPP e Real Time Big Data.