ECONOMIA

Geração Z já representa 48% dos jovens economicamente ativos no Brasil, aponta IBGE

Igor Moreira, CEO da EvoEstágios, destaca o papel dessa geração no mercado e reforça a importância de processos de recrutamento que valorizam o potencial dos jovens

23/05/2025 - sexta às 09h48

A Geração Z tem transformado o mercado de trabalho. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), essa geração representa 32% da população mundial. No Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são 47 milhões de pessoas entre 15 e 29 anos, e 48% já estão economicamente ativas. Entre eles, muitos ingressam nas empresas por meio de programas de estágio. Para Igor Moreira, CEO da EvoEstágios e especialista em gestão e recrutamento, o protagonismo da geração é cada vez mais evidente no mercado de trabalho e a presença desses jovens é estratégica para as empresas, já que eles têm muita ambição e uma mentalidade inovadora. 

Segundo Igor Moreira, o estágio é um modelo de contratação importante para o desenvolvimento de habilidades técnicas e comportamentais em um ambiente corporativo. “O estágio é uma das principais portas de entrada para o mercado de trabalho, especialmente para os jovens da Geração Z. Essa geração se destaca por uma facilidade natural com tecnologia. Eles aprenderam a mexer em dispositivos desde muito cedo e têm rápida adaptação a softwares e ferramentas digitais. Isso agrega muito valor para as empresas que buscam inovação e agilidade”, afirma o especialista.

Além da afinidade com tecnologia, o espírito empreendedor é outra característica marcante dessa geração. “Mesmo como estagiários, muitos demonstram um pensamento de dono, o que fortalece o conceito de intraempreendedorismo dentro das empresas. É uma geração ambiciosa, que quer crescer rápido e busca constantemente se desenvolver, embora seja necessário dosar a ansiedade por resultados imediatos”, explica Igor.

Para as empresas, o especialista destaca que é preciso estar atentas ao que os jovens esperam de um ambiente de trabalho. “A Geração Z valoriza empresas com propósito claro e causas sociais bem definidas. Não se trata apenas de salário. Eles querem ver o impacto do seu trabalho na sociedade. Quanto mais clara for a cultura organizacional, mais engajados eles estarão”, afirma.

Essa conexão entre o perfil do jovem e as necessidades da empresa é o que direciona o trabalho da EvoEstágios. A agência atua com um modelo de recrutamento que vai além do simples envio de currículos. “Nosso processo começa com uma consultoria junto à empresa sobre o mercado de trabalho. Antes mesmo de divulgar a vaga, ouvimos os gestores para entender não apenas o cargo, mas o contexto e os objetivos da contratação. Isso permite uma entrega mais assertiva, tanto em habilidades técnicas quanto comportamentais”, destaca Igor Moreira.

Do outro lado do processo, o cuidado com o jovem também é prioridade. “É importante tratar o candidato com respeito e oferecer uma devolutiva individual. Mesmo que ele não seja selecionado, é positivo dar orientações para os próximos passos, como dicas para melhorar o currículo, se preparar para entrevistas ou buscar cursos complementares. O objetivo do recrutador deve ser ajudar o jovem a crescer, mesmo fora da vaga atual”, enfatiza.

Para Igor, o papel da empresa não termina com a contratação. Integrar, desenvolver e lapidar o talento são responsabilidades dos líderes e gestores. “Nenhuma organização é formada só por veteranos ou só por novatos. É preciso haver mescla. E cabe aos profissionais mais experientes orientar os jovens, independentemente da geração. Isso garante a continuidade do conhecimento e o fortalecimento do time como um todo”, conclui o especialista.