Em Quilombo de Barra do Turvo, MPSP fomenta a educação ambiental
Iniciativa da Promotoria de Jacupiranga faz parte do projeto Caminho da Roça
07/02/2025 - sexta às 16h00A 1ª Promotoria de Justiça de Jacupiranga, com atribuições na defesa do meio ambiente, realizou evento no Quilombo Cedro, em Barra do Turvo, cumprindo mais uma etapa do projeto Caminho da Roça.
A iniciativa foi idealizada pelo promotor de Justiça Rodrigo Nunes Serapião, a exemplo de outras indicadas no Plano Geral de Atuação do MPSP para a região do Vale do Ribeira. O trabalho visa a promover educação ambiental, integração social e emancipação de comunidades quilombolas e tradicionais quanto às práticas agrícolas sustentáveis, principalmente à roça de coivara.
A capacitação contou com a participação de diversos órgãos estatais do Sistema Nacional do Meio Ambiente com vistas a esclarecer e estabelecer fluxo prático de gestão de informações para o licenciamento facilitado da atividade agrícola desenvolvido por aquela fatia da população. O encontro foi precedido por estruturação de rotina do órgão de fiscalização (Polícia Militar Ambiental), levantamento de dados técnicos sobre a incidência da norma na região (Resolução SIMA 98/2022) e dos índices de efetividade de autuações por infração ambientais; e pelo mapeamento de comunidades e associações a elas relacionadas, assim como pela sugestão de forma de organização e atuação integrada.
Garantindo-se a ampla participação da comunidade interessada, principalmente de moradores de ao menos quatro quilombos da região, a reunião foi conduzida pelo Ministério Público com a participação do Poder Executivo de Barra de Turvo, da Fundação Florestal, Polícia Militar Ambiental, Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo, Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade (Centro Técnico Regional XIV - Registro) e de entidades de promoção social, como o Instituto Socioambiental e a Equipe de Articulação e Assessoria às Comunidades Negras do Vale do Ribeira.
O projeto segue cumprindo etapas e objetivos que envolvem preservação da Mata Atlântica, desenvolvimento sustentável, combate ao racismo ambiental por meio de protocolo de atuação padronizada dos órgãos de fiscalização, promoção de direitos sociais e atuação mais eficiente do Estado.