Futuro prefeito de Santos terá subsídio mensal de R$ 33 mil
Projeto da Mesa Diretora da Câmara foi protocolada ontem e precisa do aval dos vereadores. Em 2025, salário do vice poderá ser de R$ 15,7 mil e dos secretários municipais, R$ 27,7 mil
08/11/2023 - quarta às 00h00Salário atrativo?
A Mesa Diretora da Câmara de Santos protocolou ontem o Projeto de Lei 356/2023, que busca fixar os subsídios mensais do prefeito, vice e secretários municipais, a partir de 1º de janeiro de 2025. A proposta prevê que o salário do novo chefe do Executivo seja de R$ 33 mil, o que representará um reajuste de 32,9% em relação ao montante estabelecido para o ocupante desse cargo desde janeiro de 2021 (R$ 24.829,33). Em 2020, 16 nomes estiveram na disputa pelo Palácio José Bonifácio. E no próximo ano?
Alternativa
No caso do vice, a remuneração de R$ 12.414,66, determinada a partir de 2021, poderá chegar a R$ 15.712,30 na próxima legislatura (variação de 26,6%). Se a pessoa eleita para essa função assumir o comando de uma pasta, por exemplo, o subsídio será o correspondente ao cargo ocupado.
Grande desigualdade
Em relação aos secretários municipais, o salário definido há dois anos de R$ 20.691,09 deverá ser fixado em R$ 27.704,52, ou seja, uma correção de 33,9% a partir de 2025. Esse valor de remuneração aos ocupantes desses cargos comissionados da Administração Municipal sugerido pela Mesa Diretora é equivalente a 21 salários mínimos.
Transparência total
A vereadora santista Telma de Souza (PT) fará hoje, às 18 horas, na Câmara, audiência pública para receber da população e de organizações da sociedade civil as sugestões de emendas parlamentares a serem apresentadas pela petista no orçamento municipal do próximo ano. Em 2024, cada legislador poderá indicar R$ 2,17 milhões para a execução de obras, compra de equipamentos e subvenção de entidades, sendo que, obrigatoriamente, metade desse valor será destinada à saúde.
Critérios
A equipe de Telma deixou claro que a apresentação do projeto não garantirá automaticamente a indicação de recursos, pois cada demanda será analisada com base na legislação em vigor e nos três critérios estabelecidos pelo mandato: documentação regularizada, viabilidade de execução e alcance social da iniciativa.
Missão cumprida
O prefeito de Peruíbe, Luiz Maurício (PSD), afirmou à coluna que saiu pela porta da frente do PSDB. "Foi meu único partido até então, onde fui muito feliz, fiz amigos e fui eleito nos três mandatos que me elegi. Entro no PSD empolgado para poder participar de um novo projeto tanto regional como no estado de São Paulo", destacou.
Posicionamento pessoal
O coordenador regional do partido, o deputado estadual Paulo Corrêa Júnior (PSD), explicou que a filiação do chefe do Executivo foi tratada diretamente com o presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab. O parlamentar deixou claro que tem profundo respeito ao gestor municipal e deseja a ele todo o sucesso em sua jornada. "Entretanto, mantenho um compromisso político com Gilson Bargieri (pré-candidato a prefeito pelo MDB), independente de escolhas partidárias. Essa é minha opinião individual", justificou.
Preço da infidelidade
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decretou ontem, por 5 votos a 2, a perda do mandato do deputado federal Marcelo Lima (PSB) por desfiliação sem justa causa do SD, sigla pela qual foi eleito em 2022. O partido justificou que o ex-vice-prefeito de São Bernardo do Campo conseguiu chegar ao Parlamento nacional utilizando a estrutura financeira e política da agremiação.
O herdeiro
Diante dessa decisão da corte, a vaga que será deixada por Lima na Câmara deverá ser herdada pelo primeiro suplente da legenda nas eleições do ano passado, Paulinho da Força. Ele já atuou como deputado federal de 2007 a junho de 2020 e presidiu a Força Sindical, considerada uma das maiores centrais sindicais do País. "Dedicarei todas as forças a esse novo mandato”, destacou.