IMORTAL

Humberto de Campos: Imortal dá nome a rua pequena de Santos no Embaré

Além do Conselheiro XX, Campos usou os pseudônimos de Almirante Justino Ribas, Luís Phoca, João Caetano, Giovani Morelli, Batu-Allah, Micromegas e Hélios. Dentre seus clássicos encontram-se "Carvalhos e roseiras", "Pombos de Maomé" e "Destinos"

16/10/2023 - segunda às 00h01
Com seus 140 metros, a pequena rua cruza a Rua Álvaro Alvim, no bairro do Embaré - Google

De origem humilde, nascido no dia 25 de outubro de 1886, em Miritiba, Humberto de Campos, foi um jornalista, político, escrito brasileiro e Imortal da Academia Brasileira de Letras. Aos 17 anos mudouse- para o Pará, vindo a exercer atividade jornalística na Folha do Norte e n'A Província do Pará.

Aos 24 anos, publica seu primeiro livro de versos, "Poeira, que lhe dá um leve reconhecimento. Dois anos após a publicação, muda-se para o Rio de Janeiro, ainda trabalhando pelo jornalismo, porém fazendo amizades com escritores de renome como Coelho Neto, Emílio de Menezes e Olavo Bilac. 

Pelo jornal "O Imparcial", ao lado de Rui Barbosa, José Veríssimo, Vicente de Carvalho e João Ribeiro, torna-se mais conhecido pelas suas crônicas, sob o pseudônimo "Conselheiro XX".

Em 1919, sucede Emílio de Menezes na cadeira nº 20 da Academia Brasileira de Letras, vindo no ano seguinte a eleger-se como deputado federal pelo estado do Maranhão, tendo seu mandato renovado até a Revolução de 1930, quando é cassado.

Em dificuldades financeira, é nomeado Inspetor de Ensino do Rio de Janeiro, e posteriormente, Diretor da Fundação Casa de Rui Barbosa.

Em 1933, publicou "Memórias (1886-1900)", descrevendo lembranças dos tempos da infância e juventude. Uma segunda parte já estava em processo de escrita, quando no dia 5 de dezembro de 1934, aos 48 anos, Humberto de Campos falecia, após vários anos de enfermidade, tendo perdido a visão e graves problemas no sistema urinário, durante uma cirurgia. A obra terminou sendo lançada sob o título "Memórias Inacabadas".