População de Mongaguá aprova Administração Márcio Cabeça

Prefeito é aprovado exatamente pela metade dos entrevistados na Pesquisa BS9-Badra

Dos três prefeitos das cidades do Litoral Sul – Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe, Márcio Cabeça, do Republicanos, parece ser o único que tem motivos para comemorar o mais recente levantamento realizado pela Badra Comunicação, e que o chefe do Executivo com 49,5% de aprovação, contra 39,3% de reprovação. Ele tem o apoio de cinco em cada dez moradores-eleitores no município.

O cenário, aliás, não é muito diferente do vivido por ele na última eleição municipal, quando conseguiu se reeleger com 45,5% dos votos válidos, superando o segundo lugar por pouco mais  de 1.700 votos. Mas, ao mesmo tempo que tem motivos para comemorar, a realidade é que a luz laranja se acendeu para o prefeito de Mongaguá. Na comparação com a pesquisa realizada em julho de 2021, a aprovação de Márcio Cabeça caiu 10%, despencando de 59,2% para 49,5%.

“Ainda assim ele tem uma margem muito confortável e a confiança da maior parte da população de Mongaguá. O ano de 2021 foi marcado por muitas incertezas, ainda que a arrecadação tenha sido melhor quase em todas as prefeituras, e manter aprovação em um quadro como esse é elogiável”, explica Maurício Juvenal, consultor em análise de dados da Badra.

Mas o risco do “x”, tão destacado por especialista em pesquisas, não ronda a Administração Municipal? “Sim, e mais preocupante do que a queda na aprovação é o crescimento da reprovação, e no mesmo patamar. E como se 10% dos que o apoiavam mudassem totalmente de opinião em seis meses. Se o prefeito tiver a humildade de entender os números do levantamento, vai perceber que é hora de dar uma chacoalhada na gestão”, argumenta o analista.

Maurício aponta um outro problema que pode começar a atrapalhar a gestão. “Apesar do prefeito demonstrar habilidade do trato do xadrez político, a verdade é que não faltam pré-candidatos a prefeito Mongaguá. Todo mundo quer ser candidato e todo mundo, hoje, quer contar com o apoio do prefeito. Se a base rachar, sempre fica mais difícil governar”, afirma.

A Pesquisa BS9-Badra ouviu, no último dia 28 de janeiro, 800 moradores-eleitores de Mongaguá. Márcio Cabeça tem, somando os conceitos ótimo e bom, 39,8% das citações contra exatos 20% de ruim e péssimo. Para 37,3% dos entrevistados sua Administração é regular. “Veja que a soma de ruim e péssimo tem um resultado bem menor que a avaliação regular, que por sua vez é menor que a soma de ótimo e bom. É um cenário confortável, com claro viés de aprovação popular”, afirma o analista.

Com a palavra
Por meio da assessoria de imprensa da Prefeitura, Márcio Cabeça agradeceu o reconhecimento de 49,5% da população. "Ainda mais numa pesquisa realizada pela Badra Comunicação, uma instituição séria e idônea, cujos apontamentos nos auxiliam no reconhecimento de onde estamos acertando e os locais do município que precisam de mais atenção".

O prefeito prometeu trabalhar intensamente para que esse percentual aumente, mas sempre de maneira consciente, "com cada morador da nossa cidade entendendo a nossa filosofia de trabalho e reconhecendo as melhorias que Mongaguá vem recebendo".

No comunicado, Márcio Cabeça ainda destaca que a pesquisa aconteceu num momento delicado, em que as pessoas foram castigadas pela pandemia e num período de grandes chuvas. "E, mesmo Mongaguá possuindo o menor orçamento da Baixada Santista, ficamos contentes em ver que os 39,8% de avaliação boa e ótima são o dobro da porcentagem de ruim e péssima (20%)".

Por fim, ele ainda enumerou uma série de investimentos que vêm sendo feitos em áreas como saúde, turismo, segurança, cultura, esportes, social e infraestrutura, como no combate aos alagamentos.

Na Câmara dos Vereadores
Estaria pintando um nome forte para a próxima eleição municipal, quando o atual prefeito, Márcio Cabeça, não poderá concorrer à reeleição? Isso só o tempo dirá, mas é certo que o atual presidente da Câmara de Mongaguá, vereador Baianinho, segue consolidando a posição de vereador com o melhor desempenho no legislativo municipal, segundo a população local.

Baianinho é apontado como o de melhor desempenho por 5,3% dos entrevistados, o que representa nada menos do que 42 citações nominais e de forma espontânea. Na pesquisa de setembro do ano passado ele foi mencionado por 8% dos ouvidos. Agora, por 5,3%, a frente de outros três vereadores que aparecem bem colocados, empatados na segunda posição.

Em Mongaguá, 65,5% dos ouvidos não conseguirem avaliar o desempenho dos vereadores, o que representa 528 pessoas. “Se repete a tese de que o Legislativo se mantém distante da população, dos eleitores. Boa parte do que a Prefeitura executa está lastreada na ação dos parlamentares. É preciso estabelecer canais que aproxime a Câmara das ruas da cidade”, opina Maurício Juvenal.

O problema, segundo ele, é estrutural e passa por uma mudança de comportamento do Poder Legislativo como um todo. “Ainda que o papel de executar seja da Prefeitura, as câmaras e os vereadores precisam, urgentemente, aproximarem o muito do que fazem do público eleitor. Legislar e fiscalizar o Executivo pressupõem, também, ações concretas que vão além da análise de documentos. É preciso escutar quem a população, que é destinatária final das ações, programas e serviços que a Prefeitura executa, sobre o seu nível de satisfação e, assim, e sobretudo por meio das comissões permanentes, trabalhar por uma cidade melhor e com mais qualidade para seus moradores”, finaliza o consultor.

Com a palavra
Baianinho se manifestou por meio da assessoria de imprensa da Câmara e não escondeu a felicidade. “Ficamos contentes com a citação espontânea de 5,3% dos entrevistados, mostrando o reconhecimento de nosso trabalho no Legislativo, com o objetivo do desenvolvimento de nosso município, em prol dos nossos quase mais de 58 mil habitantes".

Segundo o parlamentar, a atual legislatura da Câmara tem trabalhado unida e isso "tem surtido efeitos positivos para a cidade, com aprovação de Leis, apresentação de projetos e a representação, de fato, dos anseios da população".

Sobre o alto índice de pessoas que não conseguiram citar um vereador, Baianinho acha que o motivo disso pode ser o fato de elas não acompanharem o dia a dia do Legislativo.

"As pessoas focam no trabalho e na família e, na maioria das vezes, por falta de tempo, acabam não acompanhando as importantes decisões realizadas na Câmara".