GESTÃO PÚBLICA
Ideia é proporcionar mais acolhimento a esse público nas unidades de Saúde do Município
Da Redação
21/07/2025 - segunda às 09h35
Com o intuito de promover ainda mais acolhimento para a comunidade LGBTQIAPN+, a Prefeitura de Praia Grande analisa, com frequência, novas políticas de inclusão social para esse público. Entre elas, uma melhor recepção nas unidades de Saúde do Município e o desenvolvimento de mais ações educativas, de conscientização e prevenção, contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
Foram temas como esses que a Secretaria de Diversidade e Inclusão (Sedi) e o Serviço de Atendimento Especializado (SAE) da Cidade avaliaram durante reunião realizada no início do mês. Quem falou mais sobre isso foi a diretora da divisão de assuntos LGBTQIAPN+ da Sedi, Ana Beatriz. “Uma reunião como essa é fundamental, visto que as áreas da Saúde, Educação, Assistência Social e Segurança são as principais frentes de atendimento às pessoas de gênero. Com uma ampla parceria com elas conseguiremos trazer mais informações para a população, já que o preconceito é uma questão, basicamente, de desconhecimento. A partir do momento que a gente educa e conscientiza, tanto o servidor quanto os munícipes, passamos a trabalhar melhor as diferenças da humanidade como um todo”.
A psicóloga do SAE, Fátima Aparecida da Silva, também exaltou a importância de debates como esse para garantir melhorias no atendimento desse público. “Nosso serviço, de acompanhamento psicológico com a comunidade LGBTQIAPN+, realmente precisa de mais atenção. A Cidade até oferece serviços importantes para essas pessoas, mas precisamos de mais, para que elas tenham acesso de verdade à saúde pública. Ou seja, não é só o acompanhamento psicológico, também é necessário ter uma consulta com um endocrinologista, por exemplo, assim como realizar todo um trabalho preventivo contra as DSTs, entre outras iniciativas cruciais. E poder ter vindo conhecer a Sedi e o trabalho que ela faz foi fantástico. É isso que precisamos, fortalecer essa rede de apoio aos munícipes como um todo, independentemente de gênero, sexualidade ou qualquer outra coisa”.
Entre os diversos pontos discutidos, destaque também para a ideia da criação de um ambulatório específico para a população de gênero. “A vinda de um ambulatório como esse para a Cidade seria um grande avanço, porque estaríamos dando mais visibilidade a eles e ofertando algo que, atualmente, precisam buscar em outros municípios. Além disso, estaríamos quebrando diversos paradigmas e proporcionando mais acessibilidade”, acrescentou Fátima.
A secretária de Diversidade e Inclusão de Praia Grande, Vera Benício, concordou. “Esse é um ponto crucial, que precisa ser mais trabalhado. Temos que dar voz para todas as pessoas, principalmente as que são colocadas de lado por preconceitos ultrapassados. No que depender de nós, iremos sempre lutar por todos. Até porque são todos seres humanos e temos que amá-los de qualquer forma”.
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