Núcleos de prevenção à violência doméstica funcionam em mais duas unidades de saúde de Cubatão

Nestas quarta e quinta-feiras, 29 e 30 de outubro, as Unidade de Saúde da Família (USF) Mário Covas e Vila dos Pescadores recebem a implantação do Núcleo de Prevenção à Violência doméstica (NPV). A iniciativa amplia a rede de acolhimento com escuta especializada aos casos de violência doméstica em Cubatão, que passa a contar com seis unidades pioneiras no atendimento e notificação de casos de violência. A inauguração será realizada na USF Mário Covas no dia 29 de outubro, às 14h, e na USF Vila dos Pescadores dia 30, às 9h.
"Esses núcleos têm como objetivo identificar, acolher e orientar mulheres, crianças, idosos e demais pessoas em situação de vulnerabilidade, garantindo o encaminhamento adequado e o acompanhamento multiprofissional", explica o secretário de Saúde Márcio Oliveira. A iniciativa integra as políticas públicas para fortalecer a rede de acolhimento, prevenção e enfrentamento à violência contra a mulher e de promoção da saúde e defesa dos direitos humanos, atuando de forma articulada com a rede municipal de assistência social, segurança pública e justiça.

Rede

Com a implantação dos núcleos que ocorrem nesta semana, Cubatão passa a contar com seis unidades de saúde com esse tipo de atendimento especializado, ampliando o alcance do cuidado e a capacidade de resposta da rede municipal. Os NPVs já estão em funcionamento nas USFs Pilões, CSU, Cota 200 e CAIC/Vila Esperança.

A rede de NPVs faz parte de uma estratégia intersetorial que envolve a Secretaria Municipal de Saúde, a Secretaria da Mulher e dos Direitos Humanos, o Conselho Municipal da Condição Feminina, o CREAS e a Sociedade Brasileira Caminho de Damasco (SBCD), responsável pela administração da Atenção Primária à Saúde no município por meio de contrato de gestão com a Secretaria Municipal de Saúde, e representa mais um passo no fortalecimento da rede municipal de proteção às mulheres, consolidando Cubatão como referência em políticas públicas integradas e sensíveis à realidade das vítimas de violência.

"A violência doméstica é uma grave violação dos direitos fundamentais e um importante problema de saúde pública. Por isso, a Secretaria de Saúde avalia que o enfrentamento dessa realidade exige sensibilidade, escuta qualificada e ação intersetorial, pilares que norteiam o trabalho dos profissionais de saúde envolvidos", destaca Márcio Oliveira.

ATUAÇÃO

Após a realização das capacitações dos profissionais das unidades, o município entra agora na fase prática das ações, com foco na promoção e prevenção, acolhimento humanizado das vítimas e notificação dos casos de violência doméstica. De forma paralela, as unidades da Secretaria de Assistência Social — Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), estão mapeando os casos de violência doméstica de cada território para conhecimento dos NPVs, fortalecendo a ação intersetorial.

Conforme a psicóloga Viviane Barbosa, que atua a partir do Ambulatório CAPS em sintonia com as demandas nos territórios, a partir do acolhimento, o núcleo faz o levantamento clínico da pessoa acolhida e define qual encaminhamento será adotado, se para o Conselho Tutelar, CRAS, CREAS ou outros serviços de proteção e cuidado.