ATENÇÃO PARA OS SINAIS
É importante testar após 48 horas do primeiro sintoma ou após contato com infectado
Por Lucas Campos - Redação BS9
01/02/2022 - terça às 15h15
Sintomas leves podem permanecer de três a sete dias - (foto: Freepik)
Dores de garganta e de cabeça têm sido sintomas bem característicos da variante ômicron da Covid-19, já que a nova variante costuma provocar sintomas com menor intensidade em comparação com as demais cepas que já se espalharam até então. Eles costumam ser leves, já que estudos apontam que a ômicron se reproduz mais rápido nas vias aéreas e poupa o pulmão. Os sintomas melhoram, em média, cinco dias após o início. A febre também pode surgir, mas com menos frequência.
"Quando iniciou a ômicron ela se confundia muito com a nossa gripe, que estava em surto. Porém, vemos que quem contrai essa variante e já tomou duas ou três doses de vacina, geralmente fica assintomático ou tem os sintomas mais característicos, como dor de cabeça e garganta que podem perdurar de três a sete dias, um pouco de coriza, cansaço e dores na face", afirma Miguel Naveira, médico doutor em Saúde Coletiva e Medicina Preventiva.
Alguns pacientes vacinados podem evoluir para uma tosse seca, que pode permanecer por até 60 ou 90 dias. As pessoas que por ventura só tomaram uma dose ou não realizaram a vacinação e pegam a variante ômicron, desenvolvem uma piora mais intensa no quadro pulmonar, com muita tosse, expectoração e desconforto respiratório com falta de ar, que pode levar, na grande parte das vezes, a internação e necessidade de oxigênio ou mesmo intubação.
"A gripe acaba acometendo a pessoa e deixando ela fraca, com dor e mal estar por dois ou três dias, mas depois passa. A ômicron não. A Covid desencadeada por essa cepa dá um mal estar, depois a pessoa tem uma pequena melhora, aí volta o mal estar. Ou seja, ela é flutuante e pode permanecer assim por até 12 ou 15 dias", afirma.
Por isso, Naveira explica que é essencial realizar o teste 48 horas depois de apresentar qualquer tipo de sintoma ou entrar em contato com alguma pessoa infectada. Após a confirmação da infecção, é preciso se isolar para não contaminar outras pessoas, contatar um médico para saber quais são os cuidados iniciais a serem tomados e, se piorar o quadro clínico, procurar atendimento médico em uma unidade de saúde.
"A pandemia ainda está um pouco longe do fim. Já tivemos várias variantes e não sabemos se essa ômicron será a última porque esse vírus é capaz de sofrer várias mutações. Então é preciso ter cautela, usar máscara, que evita muito o contágio, continuar com a higienização das mãos com álcool em gel, água e sabão, evitar aglomerações, estar com as vacinas em dia e testar se apresentar sintomas e continuar com a higienização. Só assim podemos controlar a pandemia e viver nesse novo normal", finaliza.
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