MOMENTO DE ALERTA
Saiba quais cuidados são essenciais para prevenir a doença
Por Lucas Campos - Redação BS9
28/05/2022 - sábado às 11h00
Com contaminação por via aérea, casos começaram a se disseminar muito rápido pelo mundo - (foto: Freepik)
A varíola do macaco está avançando pelo mundo a partir, principalmente, da África Subsaariana - região localizada ao sul do deserto do Saara. É um poxvírus - grupo que infecta várias espécies de seres vivos -, o mesmo tem a catapora e a varíola, e apesar de atacar mais os macacos, é transmissível ao ser humano.
A doença não é igual a varíola do ser humano, que é uma doença que está erradicada por vacina, mas pode atingir imunodeprimidos, provocando sintomas como um quadro geral febril, com dor de cabeça, dor no corpo, prostração e depois começam as vesículas, lesões bolhosas de pele que se generalizam e que aparecem na palma da mão, na planta do pé e atingem o corpo como um todo.
“Esse vírus é altamente infectante, apesar de ser menos transmissível do que a Covid-19 e o sarampo. No encontro das Ilhas Canárias, que foi o epicentro, havia mais de mil pessoas aglomeradas. Com isso, os casos começaram a se disseminar muito rápido, com contaminação por via aérea”, explica o infectologista Ricardo Hayden, do Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, e professor da faculdade de medicina UNAERP, em Guarujá.
Segundo o médico, existem medicamentos antivirais em estudo e antivirais, além da vacina contra a varicela, uma doença do mesmo grupo e que garante uma proteção cruzada. A varíola do ser humano, no momento, está erradicada justamente por conta desse imunizante, mas depende da cobertura vacinal para que continue desta maneira.
“Vacinar é preciso e fundamental. Acreditamos que a doença chegará ao Brasil e já há casos em observação sob suspeita. Um dos grandes motivos são as viagens de avião, pois a pessoa pode estar na fase de incubação, transmite e só se detecta a doença no país”, afirma.
Dentre os cuidados, o uso de máscaras e evitar aglomerações onde esse vírus possa se difundir de uma pessoa para outra são os primeiros passos, nos mesmos moldes do coronavírus.
“Em nome da Sociedade Brasileira de Infectologia, afirmo que estamos fazendo uma campanha individual que será posta na rua para ampliar a vacinação. O intuito é justamente estimular as pessoas a se vacinar. Não é só para Covid-19, mas para catapora, sarampo, caxumba, rubéola, hepatite, HPV, gripe, entre outras. Vacinar é preciso!”.
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