COMEÇANDO BEM
Ele já havia governado a cidade de 2005 a 2008 e em outubro de 2024 foi eleito, em segundo turno, com 55,4% dos votos válidos
Da Redação
11/04/2025 - sexta às 13h00
Aos olhos dos analistas políticos o prefeito do Guarujá, Farid Madi (Podemos), compôs aquilo que tecnicamente se pode chamar de “governo de coalizão”, ou seja, uma estrutura de gestão sustentada por vários partidos políticos, estimulando a cooperação e diminuindo, em tese, a ocorrências de conflitos internos.
Com base nos números da mais recente pesquisa Badra de opinião, e que ouviu 1.060 moradores-eleitores nos dias 9 e 10, a estratégia parece estar dando certo. A forma de governar do atual chefe do Executivo é aprovada por 65,7% dos entrevistados, contra uma reprovação de 21,1%. Exatos 13,3% afirmaram não saber avaliar.
“É um cenário a ser comemorado, sobretudo em função do resultado do processo eleitoral que mostrou a cidade dividida. Farid foi eleito, em segundo turno, com uma diferença de 10 pontos percentuais. Agora, vem demonstrando força para unir o município e o mais importante: governar para todos”, argumenta Maurício Juvenal, analista de dados da Badra Comunicação.
Na avaliação conceitual se repete o bom desempenho da gestão Farid. Por 12,9% dos moradores ela é avaliada como ótima, enquanto 27,4% a classifica como boa. Somados os percentuais, ultrapassa a casa dos 40%. Já a soma de ruim e péssima resulta em 14% e 39,9% a consideram regular. Não souberam responder totaliza 5,7%.
De acordo com o analista, o desafio agora é o de conquistar o apoio de parte dos 40% que avaliam a gestão como regular. “Os 100 primeiros dias acabam sendo uma espécie de cartão de visita, de primeira impressão. Muitos dos moradores-eleitores acabam optando por essa avaliação até por ainda não terem sentido o governo. Dialogar com essa fatia da população é essencial para manter o bom viés de aprovação”.
PREPARADO PARA GOVERNAR
No viés do apontado por Maurício Juvenal, um outro dado da pesquisa revela que para 67,8% dos entrevistados Farid Madi é um político visto como preparado para governar Guarujá. Na outra ponta, 23,4% não identificam nele esse preparo e exatos 8,8% não souberam responder à questão.
O conjunto de perguntas proposto aos entrevistados dava conta ainda de duas questões que podem ser classificadas, no mínimo, como interessantes: a lembrança do voto em 2024 e, entre aqueles que responderam Farid Madi, se se arrependeram ou não.
Do total, 51,6% dos entrevistados disseram ter votado em Farid Madi (ele foi eleito em segundo turno com 55,4% dos votos válidos). Destes, 94,0% afirmam não ter se arrependido, enquanto 3,9% dizem que sim, que se arrependeram. Outros 2,1% não souberam responder ao questionamento.
Saúde aparece como a área que, na opinião dos ouvidos, merece solução prioritária da atual Administração Municipal: 29,3% dos moradores manifestaram esse desejo e preocupação. Na sequência aparecem Segurança, com 16,9% e Saneamento Básico, com 10,4% das citações. E por incrível que pareça, em pleno século XXI, a falta da água surge na quarta posição da lista, com 6,5% de menções.
NO LEGISLATIVO
Pelos lados da Câmara Municipal, o vereador Santiago Angelo, do PP, segundo mais bem votado em outubro de 2024 (recebeu 4.383 votos), aparece como aquele com melhor desempenho à frente de seu mandato legislativo. Ele foi citado por 4,5% dos entrevistados.
A segunda melhor pontuação foi obtida pelo vereador Marcio do Pet Shop, do Cidadania, preferido de 3,4% dos ouvidos. Mas há um alerta vermelho em relação ao Legislativo do Guarujá. ‘Nada menos do que 70% dos entrevistadores responderam “nenhum” ou não souberam responder, mostrando uma crise de representatividade ou de credibilidade da Câmara em relação à população. Algo que a Mesa Diretora deveria atentar, ou seja, trabalhar a imagem do Legislativo’, argumenta Maurício Juvenal.
A PESQUISA
O levantamento realizado pela Badra ouviu 1.060 moradores-eleitores de Guarujá na quarta e quinta-feira, dias 9 e 10. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. A amostra, em termos de perfil, segue a proporção de eleitores presentes no universo (total de eleitores do município) para as variáveis gênero, faixa etária, renda e escolaridade, com a aplicação de fator de ponderação para as duas últimas variáveis, quando necessário. A técnica de pesquisa é a não probabilística por cotas.
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